A Fórmula 1 anunciou, nesta semana, que todas as equipes assinaram o Acordo de Concórdia, que define as parcerias comerciais para o ciclo que terá início a partir de 2026.
Em comunicado divulgado no último domingo (16), antes do início do Grande Prêmio (GP) da Austrália, a categoria informou que o acordo garantirá “o crescimento econômico de longo prazo do esporte”.
Basicamente, o Acordo de Concórdia define como será feita a divisão das receitas provenientes de parcerias comerciais e venda de direitos de transmissão da Fórmula 1.
O atual pacto venceria no fim deste ano. O grande impasse para que o novo saísse do papel girava em torno da inclusão da Cadillac na Fórmula 1, a partir da temporada de 2026. Ela será a 11ª equipe do campeonato.
Medo de diluição de receitas
Os times que hoje disputam o campeonato impunham resistência a essa expansão, temendo que pudesse resultar numa diluição das receitas a serem distribuídas pela categoria.
O acordo que está em vigor já dispunha de uma taxa antidiluição de receitas. Para que uma nova escuderia ingressasse na categoria, teria de pagar US$ 200 milhões (mais de R$ 1,1 bilhão). A quantia, porém, era vista como insuficiente pelas equipes, diante do atual estágio de sucesso comercial da Fórmula 1.
Para resolver a polêmica, a General Motors, proprietária e patrocinadora da Cadillac, dispôs-se a pagar, juntamente da TWG Global (parceira da montadora no projeto da equipe) a quantia de US$ 450 milhões (R$ 2,55 bilhões) para garantir a presença da nova escuderia na temporada 2026 de Fórmula 1.
Somente no ano passado, a categoria faturou US$ 1,12 bilhão (R$ 6,3 bilhões) com a comercialização de direitos de transmissão, o que representa 8% a mais na comparação com 2023, além de ser a maior receita com audiovisual da história da Fórmula 1.
A expectativa é de que as equipes passem a receber um percentual maior sobre os direitos de transmissão, como compensação pela entrada da Cadillac na competição.
Domenicali segue como CEO até 2029
A Fórmula 1 também confirmou que Stefano Domenicali permanecerá nos cargos de presidente e CEO até 2029.
“É uma jornada muito fascinante”, disse Domenicali. “Tenho o dever de garantir que haja uma síntese e levar o esporte na direção que acreditamos ser a certa, para garantir que nossos fãs continuem nos amando e com o mesmo amor que compartilhamos com eles.”
Um dos fatores que mais empolgam o executivo para esta temporada é a chegada de Lewis Hamilton à Ferrari, transferência anunciada em fevereiro de 2024.
“Com certeza para Lewis é uma nova jornada, uma nova jornada que lhe dará muito impulso, muita energia”, comentou Domenicali. “Acho que o ajuste que ele tem que fazer, não apenas no lado da pilotagem com o carro, mas também em termos de integração em uma comunidade diferente, será fácil.”