Ainda sem a aprovação do balanço de 2024, primeiro da gestão de Augusto Melo à frente do Corinthians, o time perdeu o diretor financeiro Pedro Silveira. O executivo pediu demissão na última sexta-feira (25), alegando, segundo o clube, “questões médicas”.
Silveira estava no Corinthians desde julho de 2024. Em 2023, chegou a se candidatar ao Conselho Deliberativo do clube, mas acabou não sendo eleito.
A saída do diretor ocorreu um dia após o Conselho Fiscal recomendar a reprovação das contas de 2024, o primeiro ano da gestão de Augusto Melo, apresentadas no último dia 19 de abril. No último balanço, a dívida total do Corinthians chega a R$ 2,568 bilhões. O caso será examinado nesta segunda-feira (28) pelo Conselho Deliberativo do clube.
Contingência
Na última sexta-feira (25), o Corinthians divulgou que uma auditoria externa, realizada pela GF Brasil Auditoria & Consultoria, que ressaltou que o clube deixou de mostrar uma contingência tributária de R$ 191 milhões no balanço de 2023, último ano da gestão do ex-presidente Duilio Monteiro Alves.
Uma contingência tributária não é necessariamente uma dívida, mas configura uma situação de risco relacionada a tributos, que podem ou não se concretizar, dependendo de algum evento futuro, como uma decisão judicial desfavorável. Nesse caso, o clube estaria sujeito a pagar tributos atrasados, multas ou juros.