Promovido à Série B do Brasileirão de 2026 (sua última participação havia sido em 2022), o Náutico tem experimentado mudanças profundas em sua gestão, incluindo nas áreas comercial e de marketing.
Em entrevista concedida à Máquina do Esporte na última quarta-feira (3), durante a Confut Nordeste, que foi realizada nesta semana em Recife (PE), o presidente Bruno Becker comentou a respeito das transformações ocorridas no clube.
Na visão do dirigente, a área comercial do Náutico passou por uma mudança de mentalidade. “Atraímos marcas de projeção nacional. Isso não significa que estamos desmerecendo nossos parceiros locais, que sempre estiveram ao nosso lado. Porém, temos conseguido ampliar nossos horizontes”, avaliou Becker.
O presidente citou a parceria com a Cimed, que firmou com o Náutico seu primeiro contrato de patrocínio a um time de futebol do Nordeste. Outro ponto destacado por ele consiste nas ações de comunicação desenvolvidas pelo clube, buscando fortalecer o relacionamento com o torcedor.
Jogar limpo com o torcedor
Em entrevista à Máquina do Esporte, o diretor de comunicação do Náutico, Matheus Cunha, explicou como vem sendo desenvolvido o trabalho nessa área e também sobre os desafios para engajar os torcedores na Série B.
“A gente sabe que vai ser um campeonato extremamente difícil. Mas sabe que vai ser também um momento de muita estruturação e de muito ajuste de fato, dentro e fora de campo. O primeiro ponto é jogar muito limpo o torcedor. É dizer que gente vai entrar na Série B para fazer isso, tentar isso. Esse é o nosso principal objetivo. Esse é o principal pensamento”, disse Cunha.
Durante sua participação na Confut Nordeste, Bruno Becker deixou claro que o objetivo principal do Náutico é se manter na Série B, sem extrapolar nos investimentos. A folha de pagamento do elenco deverá ficar em R$ 2,5 milhões, quantia que está abaixo do teto em vigor na atual temporada da competição, que foi de cerca de R$ milhões.
Apesar de a Série B apresentar um nível técnico mais desafiador, a participação no torneio também traz oportunidades para o Náutico se conectar aos torcedores.
“A quantidade de jogos é maior, a quantidade de viagens é maior. O torcedor vai querer consumir mais, pois ele quer cada vez mais conteúdo interno do clube. Talvez esse seja o nosso grande desafio para o ano que vem, que é trazer o torcedor para dentro do clube, fazer com que ele veja, cada vez mais, aquilo que deseja e enxergue o clube de uma maneira transparente e clara”, ponderou Cunha.
