O Corinthians apresentou, nesta sexta-feira (16), novos diretores para as pastas de marketing, finanças e relações institucionais. O clube, que passa por uma crise financeira e política, introduziu os líderes em uma coletiva de imprensa com a participação do presidente Augusto Melo.
Wanderson Salles foi anunciado como diretor de marketing. Ele assumiu o lugar deixado por Edgard Soares, que ficou apenas 38 dias no cargo e deixou o clube na última terça-feira (13), após demitir os superintendentes de marketing, Vinicius Manfredi de Azevedo, e comercial, Sandor Romanelli, além do gerente de marketing Luís Otávio Costa.
Para a gestão do departamento financeiro, foi anunciado Alexandre Germano. O cargo estava vago desde o final de abril, após a saída de Pedro Silveira por motivos de saúde, conforme divulgado pelo clube. A coletiva ainda envolveu o anúncio de Sérgio Murilo como diretor de relações institucionais, no lugar deixado por Thales Cezar de Oliveira.
Ricardo Jorge, que já estava atuando no Corinthians como diretor administrativo, também foi apresentado oficialmente. O clube está passando por mudanças estruturais e publicou um memorando que estabelece a suspensão temporária de contratações e promoções em todos os departamentos. Além disso, solicitou que todas as áreas busquem redução de até 30% nos custos.
Impeachment e PCC
Além da conhecida crise financeira, que envolve dívidas que superam a casa dos R$ 2 bilhões, o Corinthians também passa por uma intensa crise política. A gestão do presidente Augusto Melo teve suas contas relativas ao ano de 2024 rejeitadas pelo Conselho Deliberativo do clube.
Além disso, será votado, em 10 dias, o impeachment do mandatário, em um processo que analisará sua suposta omissão diante das irregularidades envolvidas no contrato com a VaideBet. Na coletiva desta sexta-feira (16), ainda assim, Augusto não demonstrou preocupação.
Rompido em junho do ano passado, o acordo tem sido investigado por conta de suspeitas relativas à intermediação das negociações, algo que não havia sido divulgado pelo Corinthians inicialmente.
Na quinta-feira (15), trechos do relatório de um inquérito da Polícia Civil de São Paulo apontaram que R$ 1 milhão pago pelo Corinthians à empresa do intermediário Alex Cassundé teria abastecido um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).