O Corinthians demitiu dois membros importantes da área técnica do clube: Vinicius Manfredi de Azevedo, superintendente de marketing, e Sandor Romanelli, superintendente comercial. Os dois foram desligados do clube nesta terça-feira (29). Um dos gerentes de marketing também foi demitido.
Manfredi estava no cargo desde junho, tendo assumido o lugar de Sérgio Moura, que deixou o Corinthians após uma denúncia de pagamento a um intermediário no contrato com a VaideBet. O profissional de marketing já havia trabalhado no Corinthians entre 2015 e 2021 e estava em sua segunda passagem.
Já Romanelli havia entrado no Corinthians em maio de 2022, ainda durante a gestão de Duilio Monteiro Alves. Mesmo com a vitória da oposição na última eleição, conseguiu se manter no cargo, credenciado pelo trabalho que havia feito.
Ambos eram avaliados como bons profissionais de mercado, trazendo receitas importantes para o Corinthians. A dupla foi desligada pelo diretor estatutário de marketing Edgard Soares, que também é conselheiro do clube do Parque São Jorge.
Soares foi nomeado por Augusto Melo no início do mês e decidiu fazer uma grande mudança de liderança nas áreas de marketing e comunicação, com a intenção de trazer pessoas próximas para cargos importantes do setor.
Segundo a Máquina do Esporte apurou, entre os profissionais que trabalham no Corinthians há um clima de revolta pelos desligamentos de Manfredi e Romanelli, além do receio de que mais saídas acontecerão nos próximos dias.
Finanças
Na sexta-feira passada (25), outro executivo importante, Pedro Silveira, diretor de finanças, havia pedido demissão. Ele alegou razões de saúde e deixou o Corinthians às vésperas da apresentação do balanço de 2024, que acabou sendo rejeitado pelo Conselho Deliberativo.
Nesta segunda-feira (28), o órgão corintiano seguiu o parecer do Conselho de Orientação (Cori) e reprovou o documento apresentado pelo presidente Augusto Melo. O informe financeiro mostrou um crescimento de R$ 829 milhões no passivo do clube. Com essa derrota no Conselho, Melo corre o risco de sofrer um novo processo de impeachment.
Para se ter uma ideia do montante do aumento da dívida, esse valor equivale a mais de 20 vezes o que foi arrecadado na “vaquinha” virtual promovida pela torcida organizada Gaviões da Fiel para ajudar a pagar o débito com a Caixa Econômica Federal (CEF) pela construção da Neo Química Arena. Ainda falta saldar cerca de R$ 700 milhões com o banco estatal.