Uma das casas de apostas com maiores investimentos em marketing esportivo, a EstrelaBet aproveitará as parcerias comerciais já estabelecidas para atingir o público brasileiro e mirar uma expansão no mercado nacional após a regulamentação das apostas pelo Governo Federal.
A empresa nacional é patrocinadora de Internacional e Criciúma na Série A do Brasileirão, além das transmissões da Cazé TV nos jogos do Athletico-PR na competição. Outro ativo importante da empresa neste ano foi o patrocínio ao Campeonato Paulista.
“Temos muita clareza que seremos uma das casas nacionais que vai competir neste mercado. Todo nosso trabalho mais jurídico e de compliance já está estabelecido. Estamos apenas esperando algumas definições do governo”, contou Renan Cavalcante, diretor de marketing da EstrelaBet, em entrevista à Máquina do Esporte.
“Quando olhamos para o posicionamento de marca e as estratégias, estamos em curva de aceleração. Vamos aproveitar o calendário esportivo para trabalhar com essas comunicações”, completou o executivo, que participou de um debate sobre apostas no Sports Summit, congresso da indústria do esporte, em São Paulo (SP).
Vasco
Cavalcante admitiu que a plataforma de apostas entrou em negociações com o Vasco no início deste ano para ser patrocinadora máster do clube de São Januário. No entanto, embora tenha sido noticiado que o negócio estava concretizado, o contrato acabou não sendo assinado.
“Em algum momento entramos em negociação com o Vasco. Nosso relacionamento com o clube se mantém. Temos ótima entrada com eles. Mas a decisão naquele momento foi de não avançar, e seguimos dessa forma”, afirmou o diretor da EstrelaBet.
Embora diga que a empresa não está fechada a nenhuma possibilidade, ele ressaltou que, no momento, não existe mais negociação com a equipe carioca, que até agora não conta com patrocínio máster nem parceiro no setor de apostas.
“A gente nunca fecha as possibilidades. Sempre deixamos em aberto. O mercado aceita muito bem a EstrelaBet por ser uma marca que ativa os parceiros. Não descartamos as possibildiades [de voltar a negociar com o Vasco], mas não podemos dizer que haja alguma negociação neste momento”, ressaltou Cavalcante.
Mercado
Para o executivo, após assinada a regulamentação e estabelecidas as portarias do Ministério da Fazenda para detalhar as regras a serem seguidas no setor, haverá um grande trabalho por parte das empresas de apostas. Elas terão o desafio de se diferenciar em um mercado extremamente competitivo para atingir o consumidor brasileiro.
“O mercado brasileiro terá uma atenção muito especial de empresas internacionais e nacionais. Temos que nos diferenciar criativamente. Acabamos de discutir ativações com clubes patrocinados, como envolver o torcedor, pensando que jogador tem ciclo de vida longo”, analisou o executivo.
Para ele, é preciso impactar mais de quatro vezes o consumidor ao longo da vida para conquistá-lo como cliente. Para isso, é preciso pensar a segmentação que a casa de apostas quer atingir, se um público mais classe A ou B, por exemplo.
“Se a gente definir a forma como trata essa segmentação, consegue ter uma linguagem mais adequada, que naturalmente gera identificação. Estamos falando de marcas mais humanizadas”, destacou o executivo.
“E, para humanizar, precisamos entender a jornada de vida dessas pessoas. Como trazer, além do espaço do esporte, uma comunicação que envolva a vida dessa pessoa como um todo”, finalizou.