A CBF já tem em mãos a lista de interessados em participar do Grupo de Trabalho (GT) que irá estabelecer as normas do Fair Play Financeiro que será seguido pelo futebol brasileiro. Segundo a Máquina do Esporte apurou, no total, houve a inscrição de 36 clubes ou federações, de todas as regiões do país.
Da Série A do Campeonato Brasileiro participam da comissão 16 clubes: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Grêmio, Internacional, Juventude, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Sport e Vasco. As ausências entre os clubes da elite foram Ceará, Corinthians, Mirassol e Vitória.
A Série B terá outros 12 representantes: América-MG, Athletico-PR, Avaí, Botafogo- SP, Chapecoense, CRB, Ferroviária, Goiás, Novorizontino, Paysandu, Remo e Volta Redonda.
O GT conta com representantes da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e da Liga Forte União (LFU), os dois blocos de clubes do país. Nos últimos dias houve intensa troca de conversas entre os dirigentes para decidir quem entraria na comissão. O prazo de inscrição foi encerrado no último sábado (14).
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, uma das que mais defendem a implantação do Fair Play Financeiro no país, era uma das mais entusiasmadas com a ideia.
A lista da CBF é completada por representantes de oito federações estaduais. Alagoas, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e Sergipe.
Por enquanto, as entidades esportivas não indicaram nomes para integrar o GT, apenas manifestaram o interesse em participar.
Próximos passos
A primeira reunião de trabalho irá acontecer logo após o final da Copa do Mundo de Clubes, marcada para 13 de julho. A comissão terá 90 dias para estabelecer as regras que serão seguidas no Brasil para o Fair Play Financeiro. O prazo começa a ser contado a partir dessa primeira reunião.
De acordo com apuração da Máquina do Esporte, a CBF achou excelente a adesão ao projeto. Por isso, não fará seleção entre os inscritos. Todos os interessados poderão integrar a comissão.
A confederação espera que, com a participação de clubes de diferentes divisões, regiões e realidades financeiras, possa ser formatado um projeto que se enquadre melhor à realidade do futebol brasileiro.