O consórcio formado por Flamengo e Fluminense levou a melhor sobre Vasco e WTorre na licitação do Maracanã. A proposta apresentada pelos dois times foi cerca de R$ 60 mil maior que a dos principais concorrentes.
Flamengo e Fluminense ofertaram a quantia de R$ 20.060.864,12 ao ano. Já Vasco e WTorre apresentaram a proposta de R$ 20.000.777,28 anuais.
A abertura dos envelopes ocorreu nesta quarta-feira (8), na sede do governo do Rio de Janeiro. Com os valores ofertados, Flamengo e Fluminense garantiram 125 pontos nesta etapa do processo licitatório, contra 115 do grupo rival, e devem ser declarados vencedores.
Vasco e WTorre fizeram constar na ata da licitação que discordam do resultado, pois acreditam que o processo estaria direcionado para os rivais, que já administram o Maracanã.
O consórcio de Vasco e WTorre, batizado de “Maracanã Para Todos”, tentou, sem sucesso, obter um mandado de segurança na Justiça para barrar a abertura dos envelopes com as ofertas financeiras.
Em sua proposta técnica, o grupo havia tentado incluir partidas de clubes de outros estados, como Santos e Brusque, para atingir o número mínimo anual de jogos previsto no edital. A Justiça vetou essa ideia.
No mandado de segurança, o “Maracanã Para Todos” alegava não ter tido tempo hábil de recorrer dessa decisão. Em sua proposta técnica, Flamengo e Fluminense alcançaram a quantidade máxima de jogos exigida no edital, que é de 70 ao ano.
Com isso, já haviam garantido a maior pontuação da primeira fase, que, aliada ao maior valor ofertado na etapa atual, devem carimbar a vitória da dupla Fla-Flu na licitação do maior estádio brasileiro.
Pelas condições apresentadas na proposta, o Flamengo deverá arcar com 65% dos custos desse investimento anual, recebendo, em troca, o mesmo percentual do faturamento total. Já o Fluminense ficará com a fatia de 35%, tanto dos gastos quanto das receitas. O resultado ainda precisa ser publicado no Diário Oficial do Rio de Janeiro para ser ratificado.
Parceira do Vasco nessa (aparentemente) frustrada tentativa de assumir o Maracanã, a WTorre foi responsável pela remodelação do antigo Estádio Palestra Itália, do Palmeiras, na década passada, dando origem ao Allianz Parque.
Nos últimos tempos, porém, a empresa vive em pé de guerra com a presidente do Verdão, Leila Pereira, que acusa a Real Arenas (subsidiária da empreiteira) de não repassar ao clube a parte que lhe é devida das receitas do estádio.
A falta de manutenção da arena e do gramado tem sido outro forte foco de atrito entre Palmeiras e WTorre.
Paralelamente a isso, a empresa iniciou novos projetos em parceria com São Paulo e Santos, com o objetivo de remodelar os Estádios do Morumbis e da Vila Belmiro.