A Nike retomará a venda de produtos por meio da Amazon. A gigante esportiva norte-americana passou seis anos longe do e-commerce com a intenção de ampliar serviços diretos ao consumidor (DTC, na sigla em inglês), mas voltou atrás após resultados negativos.
Em 2019, como parte dos planos do então presidente John Donahoe, a Nike iniciou um movimento de afastamento em relação às grandes varejistas. O objetivo era evoluir as vendas em suas próprias lojas físicas e no próprio site, além de ter um controle maior sobre a experiência de compra.
A estratégia, porém, não foi bem-sucedida. O espaço deixado pela Nike nos varejistas possibilitou que diversas marcas, como Hoka e On Running, ganhassem terreno. Assim, a empresa norte-americana perdeu participação de mercado.
Em outubro do ano passado, John Donahoe foi substituído por Elliot Hill nos cargos de presidente e CEO. Com isso, a estratégia passou a ser levar produtos e serviços para o maior número possível de plataformas a fim de retomar as vendas.
Antes do anúncio, apenas uma quantidade limitada de produtos da Nike estavam disponíveis na Amazon, todos vendidos por comerciantes terceirizados. Ainda assim, a marca era considerada “fechada” na plataforma, o que envolve restrições para evitar itens falsificados e de baixa qualidade.
No terceiro trimestre fiscal de 2025, encerrado no dia 28 de fevereiro, a Nike divulgou uma receita de US$ 11,3 bilhões, com uma queda de 9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O Nike Direct, serviço DTC, teve diminuição de 12%, para US$ 4,7 bilhões.