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Pôquer passa a ser reconhecido como esporte da mente, ao lado de xadrez e e-Sports

Novo status da modalidade foi anunciado no último sábado (16), pela Associação Internacional de Esportes da Mente

Geoffrey Borg, CEO da IMSA, ao lado de Igor "Federal" Trafane, presidente da World Poker Federation - Divulgação / WPF

A International Mind Sports Association (IMSA) reconheceu oficialmente o pôquer como esporte da mente.

O anúncio ocorreu durante uma cerimônia promovida pela Federação Mundial de Pôquer (WPF, na sigla em inglês), com apoio de PokerStars, Suprema Poker e H2 Clube, realizada no WTC Sheraton, em São Paulo (SP), mesmo local que recebe, até o dia 29 deste mês, o BSOP Millions 2024, maior evento da modalidade na América Latina.

Executivos de federações mundiais e da IMSA marcaram presença no evento e deram o parecer final, após uma assembleia, que mudará o status do pôquer globalmente.

Com essa nova condição, o pôquer se junta a outros esportes da mente, casos do xadrez e dos e-Sports, que já são reconhecidos pela entidade.

As modalidades são assim chamadas porque, além de terem diversas características em comum com esportes tradicionais, também requerem uma habilidade intelectual para competir e funcionam como uma atividade que trabalha o cérebro e a lógica, a partir da concentração, do raciocínio e da tomada de decisões.

Em dezembro de 2022, a WPF foi aceita por unanimidade como membra provisória da IMSA, o que abriu caminho para o reconhecimento mundial.

Igor “Federal” Trafane, presidente da WPF, afirmou que esse reconhecimento é um passo fundamental para o pôquer brasileiro e mundial.

“O parecer da IMSA é resultado do trabalho e da dedicação de milhares de pessoas ao redor do mundo que veem o pôquer como uma verdadeira profissão e uma disciplina intelectual. Com uma forte rede global de federações em vigor e tendo o pôquer oficialmente reconhecido como um esporte da mente, mudamos nossos esforços para criar a base que todo esporte importante já tem: regulamentações padronizadas, caminhos profissionais, proteções de jogadores e competições internacionais”, explicou.

Fundada no Brasil, a entidade conta atualmente com afiliadas em 45 países, nos cinco continentes.

“Nosso foco está em construir uma verdadeira estrutura esportiva global para o pôquer. A WPF foi construída na crença de que, unindo forças, é possível amplificar nosso impacto e ao mesmo tempo proteger o jogo que amamos. Cada jogador e federação acrescenta força à nossa voz coletiva”, afirmou Leonardo Cavarge, CEO da WPF.

Em uma entrevista recente concedida à Máquina do Esporte, o executivo comentou sobre o esforço da WPF no sentido de descolar o pôquer da imagem associada aos jogos de azar e fazer com que a modalidade fosse reconhecida como esporte da mente.

“Pôquer nunca foi jogo de azar. Tem 0% de sorte envolvida. Essa ideia é uma construção baseada no puro preconceito”, declarou Cavarge.