Com AEG, Palmeiras admite revisão em eventos de arena

As diretorias do Palmeiras e da construtora WTorre já começaram a refazer os planos. O clube apresentou na última quinta-feira a AEG, empresa que será responsável pela operação da arena que será erguida no lugar do antigo estádio Palestra Itália. O primeiro efeito imediato da parceria foi uma inflação na estimativa de eventos para o aparato.

Anteriormente, os responsáveis pela construção do estádio trabalhavam com uma previsão anual de cem eventos corporativos e 80 ações de grande porte (esse número soma projeções para anfiteatro e interior da arena). Desde que a parceria com a AEG foi fechada, esse projeto começou a ser revisto.

A parceria também motivou uma revisão na ideia de faturamento com a arena. Um levantamento inicial de Palmeiras e WTorre havia estipulado US$ 1 bilhão como meta de novas receitas com o estádio durante os próximos 30 anos.

“Existem três coisas que são fundamentais para um local ser adequado para receber shows: logística, localização e conteúdo. O projeto da nova arena já tem os dois primeiros pontos, e nós vamos trabalhar para aproveitar isso”, explicou Beto Lima, presidente da Blu Box, agência brasileira que será parceira da AEG na operação da arena.

Além de administrar equipamentos como o Staples Center (Los Angeles) e a O2 Arena (Londres), a AEG é responsável por turnês internacionais de artistas de grande porte. A empresa realizou shows de Paul McCartney, U2 e Justin Bieber no Brasil, por exemplo, e escolheu o Morumbi como sede de todos eles em São Paulo.

A partir da parceria com a nova arena, a AEG passa a ter contrato de exclusividade com o aparato. Portanto, o estádio do Palmeiras passa a concorrer com a casa do São Paulo por eventos desse porte.

Em contrapartida, a AEG pode fechar com outras empresas. Como operadora do estádio do Palmeiras, a companhia pode contratar shows organizados por diferentes marcas.

A conta da diretoria do São Paulo é que a realização de um show de grande porte no Morumbi coloque mais de R$ 1 milhão nos cofres do clube. Neste ano, a previsão tricolor é receber nove eventos dessa proporção.

“O objetivo da AEG é colocar a nova arena entre os cinco estádios mais rentáveis do planeta”, sentenciou Rogério Dezembro, ex-diretor de marketing do Palmeiras e atual responsável por novos negócios na WTorre.

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