Adidas estreia com força na Maratona do Rio e promete “muito mais” até 2026

Após 11 anos com a Olympikus como marca esportiva oficial, a Maratona do Rio passou a ter a Adidas como dona da propriedade em 2022. O anúncio foi feito no início de abril, ou seja, há cerca de dois meses e meio. Pouco tempo para se pensar em fazer muita coisa para a prova, mas o suficiente para que a marca pudesse mostrar a importância que dará para o evento até pelo menos 2026, ano do término do contrato atual.

O primeiro ponto focado pela Adidas foi aquele que, para muitos corredores, é o mais importante: o tênis. A empresa produziu versões especiais do Adizero Boston 10 e do Ultraboost 22 para a prova, que é vista pela marca como o evento ideal para promover as plataformas de credibilidade e democratização, uma vez que conta com atletas que estão sempre em busca de melhorar suas performances pessoais em qualquer uma das distâncias oferecidas (5k, 10, 21k ou 42k) e também com aqueles que estão começando na corrida ou que estão partindo para uma distância nova.

“Temos dois pilares que queremos enraizar no mercado brasileiro. Primeiro, a credibilidade. E o que a gente chama de credibilidade é a parte mais tecnológica dos produtos, os tênis com placa de carbono e placa de fibra de vidro, para aqueles que querem alcançar o máximo de performance. E em segundo lugar, a democratização. Não queremos ser apenas uma marca com uma supertecnologia. A Adidas é para todos. Queremos ter produtos que deem suporte e conforto para todos os tipos de atleta, desde aquele que está começando com uma caminhada”, explicou João Meyer, diretor sênior de marketing da Adidas Brasil, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte.

Na arena da prova, a empresa decidiu chamar atenção com uma loja oficial e ativações que contassem com a participação do público. A loja vendeu cerca de três vezes mais do que o esperado em produtos de running, inclusive os dois tênis “especiais”, e, ao mesmo tempo, serviu como ponto instagramável, com um mapa do percurso da prova que fez sucesso entre os participantes na parte de trás.

Daniel Nascimento corre na megaesteira montada pela Adidas na Maratona do Rio
Divulgação / Adidas

Ao lado da loja, a empresa montou a ativação que mais atraiu e engajou visitantes: uma megaesteira para que os atletas pudessem tentar correr no ritmo de Daniel Nascimento, patrocinado pela marca, atual dono do recorde sul-americano da maratona e vencedor da meia-maratona neste sábado (18). Quem consegue ficar no “pace” do ídolo por dois minutos (22km/h), garante um desconto na loja.

E não parou por aí. A Adidas ainda montou dois espaços fora da Casa Maratona. Em um, é possível customizar os tênis da marca. Já o outro foi feito especificamente para os atletas que fazem parte do Adiclub, o clube de benefícios da empresa, que proporcionou atividades de recuperação muscular (recovery) àqueles que disputaram a meia-maratona neste sábado (18) e fará o mesmo com os que disputarão as demais distâncias no domingo (19).

Mesmo com todas as ativações, no entanto, a marca admitiu que não conseguiu fazer tudo o que pretendia pelo tempo curto entre a assinatura do contrato e a prova em si. Por isso, deixou claro que o público pode esperar ainda mais novidades para o ano que vem.  

“É um sonho estarmos na Maratona do Rio. Entregamos tudo que gostaríamos de entregar nesse primeiro ano? Não, pois tivemos pouco tempo. Mas são cinco anos de contrato. É uma jornada. E temos o sonho de fazer muito mais. Essa prova tem potencial para ser um festival não só para abrigar corredores, mas um festival do esporte, que possa englobar um monte de coisa, não só corrida, e sem esquecer do foco em diversidade e inclusão. Temos ideias. As ideias não param de aparecer. Usaremos este primeiro ano como aprendizado e viremos ainda mais fortes no ano que vem”, afirmou João Meyer.

Perguntado pela reportagem sobre a possibilidade de a Adidas ”abraçar” outras provas do calendário nacional que está cada vez mais recheado, o executivo foi taxativo.

”Vontade existe. A gente sempre vai estar analisando as oportunidades de mercado. É o DNA da Adidas. Somos uma marca que começou como uma marca de corrida. E a gente tem que continuar explorando o DNA da Adidas. A gente vai saber os próximos capítulos após entendermos os aprendizados que estamos tendo no Rio de Janeiro”, finalizou.  

*O repórter viajou a convite da Adidas

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