Após operação de crédito, marca esportiva Castore é avaliada em US$ 864 milhões 

A fabricante de roupas esportivas Castore, do Reino Unido, obteve êxito em operações de crédito realizadas junto aos bancos HSBC, BNP Paribas e Silicon Valley Bank. A empresa conseguiu levantar o equivalente a US$ 57,6 milhões com as três instituições. Com isso, passa a ser avaliada em US$ 864 milhões.   

A linha de crédito rotativo assegurada pela Castore terá prazo inicial de três anos, com a opção de ser estendida por mais um ano, elevando o empréstimo para o equivalente a US$ 86,4 milhões. 

Fundada em 2015 pelos irmãos Tom e Phil Beahon, a Castore começou a despontar no mundo esportivo graças ao tenista britânico Andy Murray, que, hoje, aliás, figura como um dos investidores da empresa, juntamente de nomes como os irmãos Issa, da rede de supermercados Asda; Peter Roberts e Brian Scurrah, da Pure Gym; e Tom Singh, da New Look

Nos últimos anos, a Castore passou a expandir sua presença no cenário esportivo, mediante contratos com os times ingleses NewcastleAston Villa e Wolverhampton, o England and Wales Cricket Board (BCE), os times de rúgbi union Saracens e Harlequins, bem como a equipe McLaren, de Fórmula 1. Atualmente, o portfólio de futebol da empresa também abrange clubes da LaLiga (Espanha), Serie A (Itália), Bundesliga (Alemanha) e do Campeonato Escocês

Planos de crescimento

A Castore justifica que a operação de crédito proporcionará a ela níveis adicionais de liquidez para apoiar seus planos estratégicos de crescimento, prolongar dívidas adquiridas e aumentar sua capacidade financeira.  

A expectativa da marca para o ano financeiro de 2023 é de um volume de negócios de US$ 230 milhões, com lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) na casa dos US$ 23 milhões. 

Os planos incluem entrar de vez na competição com grandes marcas esportivas, como Nike, Adidas e Puma. A Castore conta, atualmente, com 11 lojas no Reino Unido, mas a maior parte das suas vendas é feita de forma on-line.  

Expansão rumo ao Oriente

Na opinião de Tom Beahon, o crédito rotativo garantiria à Castore os recursos para construir estoque para suprir a recente explosão de novas parcerias.

“Isso nos dá a oportunidade de levar o modelo para clubes esportivos no Oriente Médio e no Extremo Oriente”, afirmou. 

Beahon acredita que a paixão que move o esporte ajudou a empresa a atravessar a recessão sem grandes perdas. E que isso foi decisivo para a Castore convencer os credores a apoiarem o financiamento. 

“Nos últimos três ou quatro meses, à medida que a economia piorou, as pessoas concentraram seus orçamentos. Eles ainda estão gastando, mas apenas em coisas pelas quais eles são apaixonados. Estamos vendendo produtos para times esportivos cujos fãs são incrivelmente apaixonados. Para os fãs de esportes coletivos, comprar para seu filho a camisa ou a jaqueta do time não é uma compra discricionária”, resumiu.  

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