A Adidas trocará seu CEO no ano que vem. Kasper Rorsted, que ocupou o cargo por seis anos, deixará a função antes do fim do seu contrato que, em 2020, havia sido prorrogado até 2026.
“É hora de um novo começo”, afirmou Thomas Rabe, presidente do Conselho Fiscal da Adidas.
Rorsted permanecerá no comando da empresa até que a Adidas encontre um substituto, uma busca que já está em andamento.
O grupo alemão indicou que a mudança de CEO ocorre após “três anos desafiadores marcados pelas consequências econômicas do coronavírus e tensões geopolíticas”. Essa situação exigiu “enormes esforços” por parte de Rorsted, descreveu a Adidas, referindo-se à decisão de deixar seus negócios na Rússia em retaliação à invasão da Ucrânia.
Viés de baixa
No início de agosto, a Adidas revisou para baixo suas projeções de crescimento para o ano corrente e estima que suas vendas aumentarão entre 5% e 9%, ante o crescimento entre 11% e 13% originalmente previsto.
Além disso, a gigante alemã acredita que seu lucro líquido chegará a € 1,3 bilhão. Originalmente, a Adidas havia estabelecido que esse valor ficaria entre € 1,8 bilhão e € 1,9 bilhão.
“Estamos vendo uma lenta recuperação do consumo na China”, justificou a empresa.
Em julho, a Adidas havia anunciado outra previsão de lucro devido à queda nas vendas no mercado chinês. No primeiro trimestre, o faturamento do grupo na China caiu 35%.
No primeiro semestre do ano fiscal, a empresa alemã aumentou suas vendas em 5%, para € 10,897 bilhões. O faturamento da companhia ainda está 4,5% abaixo do que era antes do início da pandemia.
Um dos fatores que prejudicaram a empresa nesse período foi o encerramento das linhas de produção no Vietnã, no final do ano passado, que “reduziram o crescimento da receita bruta em € 200 milhões no segundo trimestre”.