Com ciclismo em alta, mercado brasileiro segue atraindo marcas de bicicleta premium

Após chegar ao mercado brasileiro em fevereiro do ano passado, uma das marcas mais conceituadas do segmento de bicicletas do mundo quer ganhar força de vez no país. Nascida em Milão, em 1985, a Bianchi será vendida na Semexe, loja on-line oficial da marca italiana para o mercado brasileiro.

A Bianchi segue a tendência das marcas premium do universo da bicicleta que têm chegado ao Brasil. Com o crescimento das vendas nos últimos anos, o país tem atraído algumas das principais empresas do ramo, que miram o interesse de um público com alto poder aquisitivo.

“Nos últimos anos, as grandes marcas têm visto o potencial do mercado brasileiro, e elas enxergam na nossa plataforma uma forma de se digitalizar e de se conectar a uma comunidade de milhões de ciclistas extremamente engajados”, afirmou Gabriel Novais, um dos fundadores da Semexe.

No fim do ano passado, a Semexe já serviu de casa para a austríaca KTM passar a apresentar seu catálogo de bicicletas para o público brasileiro. Com produtos que chegam a R$ 60 mil, a companhia aposta na tradição de uma marca surgida em 1935 para conquistar os ciclistas do país.

Outras marcas do segmento têm tomado rumo semelhante. No último mês, a suíça BMC desembarcou no Brasil. E marcas consagradas como a italiana Wilier e a espanhola Orbea trocaram de distribuidores recentemente para ganhar força na região.

“Para a Semexe, é fundamental estar alinhada às melhores marcas e importadoras do mercado. A Bianchi e a SMS Import se encaixam perfeitamente nesse contexto e ajudam a fortalecer ainda mais o mercado da bicicleta”, contou Rafael Papa, um dos fundadores da Semexe.

O interesse das marcas globais no Brasil não surgiu por acaso. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a produção de bicicletas no Brasil deverá se manter em alta este ano, com um crescimento de 17,4% previsto para 2022. Para se ter uma ideia, janeiro já representou o mês com maior produção desde 2014.

Em 2021, a produção já havia sido 12,6% superior ao ano anterior. Segundo a Aliança Bike, associação que tem como missão fortalecer o mercado de bicicletas e o seu uso no Brasil, em 2020, primeiro ano da pandemia, houve um aumento de 50% nas vendas de bicicletas no país, o que gerou ruptura nos pontos de venda por conta da falta de produtos do segmento.

Ao longo da pandemia, com poucas opções de exercícios físicos em locais fechados, o público brasileiro adotou o ciclismo, uma tendência observada em diversos mercados do mundo. Com um público consumidor cada vez mais interessado na modalidade, as marcas premium ganharam espaço entre aqueles que querem evoluir ainda mais no pedal.   

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