O ex-pugilista Servílio de Oliveira e a ex-jogadora de vôlei Fofão doaram relíquias de suas participações olímpicas para o acervo de memória olímpica do Comitê Olímpico do Brasil (COB). As doações aconteceram durante a segunda edição do Congresso Olímpico Brasileiro, promovido pela entidade em Salvador (BA).
Servílio, primeiro medalhista do boxe brasileiro em Jogos Olímpicos, doou o certificado de medalhista de bronze nos Jogos do México 1968, o certificado dos 50 anos da medalha, recebido em 2018, e o uniforme usado na competição. Já Fofão, bicampeã olímpica com a seleção brasileira, doou a camisa da campanha vitoriosa do ouro conquistado em Pequim 2008.
“São objetos preciosos carregados de história e significados para nós”, festejou Carolina Araújo, gerente de cultura e valores olímpicos do COB.
O acervo começou a ser coletado no ano passado e já possui relíquias dos Jogos de Tóquio 2020, como a prancha que Ítalo Ferreira usou para ganhar o primeiro ouro olímpico da história do surfe, e o collant usado por Rebeca Andrade durante as competições de ginástica artística no Japão. A brasileira conquistou o ouro no salto e a prata no individual geral.
“Primeiramente, esses objetos são incorporados ao acervo do COB. São tratados como uma peça de museu, com todo cuidado e profissionalismo. E o COB realiza exposições em seus eventos ou às vezes exposições exclusivas. Essas peças vão ter um lugar muito especial”, disse Carolina.
Além das peças, a coleção do COB possui os modelos das tochas olímpicas, mascotes, cartazes e as medalhas de participação de todas as Olimpíadas, entre outras raridades. Por enquanto, não há projeto de construção de um Museu Olímpico para expor o acervo de forma permanente.
“Mas essas peças não vão ficar guardadas. Vão ser expostas para o público ter acesso a elas”, contou a responsável pelo acervo.
* O jornalista viajou a convite do COB