A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) fechou um acordo com a Yescom, uma das maiores organizadoras de corridas de rua do país. Pelo acerto, será criado um “Pelotão CBAt”, em que os primeiros colocados dos rankings estaduais (dos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal) poderão participar das provas como convidados da entidade.
Com o acordo, o objetivo da CBAt é fomentar provas autorizadas e regularizadas, aproximando-se da corrida de rua, modalidade que não para de crescer em número de adeptos por todo o país. O início da parceria será já neste segundo semestre, com grandes provas como Volta Internacional da Pampulha e Corrida Internacional de São Silvestre (ambas em dezembro), além da Maratona de São Paulo (marcada para abril de 2023).
“As pessoas às vezes esquecem, mas corrida de rua nada mais é do que um pedaço do atletismo”, enfatizou Wlamir Motta Campos, presidente da CBAt.
O mandatário teve um bate-papo com a Máquina do Esporte na semana passada, durante um evento organizado pela Puma na sede da CBAt, em Bragança Paulista (SP), para oficializar o patrocínio da marca à confederação e divulgar os novos uniformes que serão usados pela seleção brasileira a partir desta sexta-feira (15), no Mundial de Atletismo de Eugene, no Oregon (EUA).
A empresa alemã acertou com a CBAt em abril, mas o contrato só entrou em vigor agora em julho. Pela primeira vez em 74 anos de história, a Puma estará estampando seu logotipo no uniforme de uma seleção brasileira.
“A Puma agrega muito valor. Fechar um acordo desse com uma marca como a Puma mostra algo grande, mostra valores e performance, o que atrai a atenção do mercado. Isso sem contar com o design ousado e com toda a tecnologia inserida nos uniformes”, destacou o presidente.
“O contrato ainda inclui sapatilhas aos atletas, o que é algo inédito”, acrescentou.
Além da marca esportiva, a CBAt conta atualmente com outros cinco patrocínios: NewOn, Pista e Campo, Play Piso, Solst e Loterias Caixa.
Ciente da importância das parcerias, Wlamir segue atrás de novos acordos no mercado. Caso os atletas brasileiros voltem com bons resultados e até medalhas do Mundial, o caminho poderá se tornar mais fácil, mas o mandatário não quer depender disso.
Com R$ 16,5 milhões advindos da Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal, o presidente quer modernizar ainda mais toda a estrutura da sede da CBAt no interior paulista, realizar um número maior de campeonatos e investir cada vez mais em centros de formação de atletismo. Atualmente, o país já conta com 60 deles, com cerca de 3.600 crianças maiores de seis anos de idade que estão aprendendo sobre o atletismo desde muito jovens.
Isso tudo para formar, se não atletas, cidadãos que enxerguem alguns dos principais preceitos do esporte, como trabalho em equipe, perseverança e disciplina, para servirem bem à sociedade quando se tornarem adultos. Além disso, com investimento em projetos incentivados, a CBAt espera atrair cada vez mais atletas e também marcas para se aproximarem do atletismo.
“Assumimos a entidade em março do ano passado. Em pouco mais de um ano, houve um aumento de 87% nas receitas e 32% no número de atletas federados. É só o começo, mas são indícios de que estamos no caminho certo”, resumiu Wlamir Motta Campos.