Fora da NFL, Tom Brady já tem convites para estrear na TV

Mal anunciou a aposentadoria da NFL, e o quarterback Tom Brady já teria recebido convites para entrar no show business da TV.

O atleta mais vitorioso da história da liga de futebol americano dos Estados Unidos, com sete títulos, já recebeu convite do Fox Sports. A emissora deve perder Troy Aikman, seu principal comentarista, que estaria indo para a Amazon.

Já a ESPN tem um contrato com Brady para a produção da série documental “Man in the Arena”. A emissora de TV também estaria interessada em contratá-lo.

A Amazon é outro player na disputa. A plataforma de streaming assumirá o “Thursday Night Football”, até então da Fox, a partir da próxima temporada.

O ex-jogador tem dois representantes que cuidam de sua carreira. Jason Hodes, da WME, é responsável por seus negócios fora de campo. Já o agente Don Yee geriu os contratos de Brady ao longo da carreira, com o New England Patriots e o Tampa Bay Buccaneers, times que o quarterback defendeu.

Segundo o site Front Office Sports, a Fox divulgou que não “comenta contratos ou contratação de pessoal”. ESPN, Amazon e WME também se recusaram a falar sobre o assunto.

Tony Romo, da CBS Sports, atualmente é o comentarista mais bem pago da mídia esportiva, com contrato de US$ 18 milhões por ano. Mas Brady é o maior nome da história da NFL. Se o atleta, cinco vezes MVP do Super Bowl, quiser trabalhar em transmissões esportivas, seu acordo deverá ser bem acima desse valor.

Segundo especialistas no mercado de TV, para contratar o marido de Gisele Bündchen, a emissora interessada teria que desembolsar um valor entre US$ 20 milhões e US$ 25 milhões por ano.

“Você veria uma blitz total de todas as empresas com interesse na NFL em contratá-lo. Seriam necessários oito dígitos para que o GOAT [o melhor de todos os tempos, na sigla em inglês] assinasse um contrato de vários anos”, acredita Bob Dorfman, especialista em marketing esportivo.

A contratação de Brady deve atrair muitos anunciantes, além da audiência. Julius Langkilde, presidente da marca de óculos de sol Christopher Cloos, que tem o ex-jogador como embaixador, disse que seria provável que a empresa anunciasse no canal em que ele fosse trabalhar. A empresa dinamarquesa planeja expandir sua coleção Brady no futuro.

“Certamente é algo que pode ser interessante para potenciais parceiros de publicidade”, disse Langkilde.

Tudo depende, claro, se Brady quer ou não trabalhar na TV. O “Giselo”, como é conhecido entre os brasileiros, falou que pretende passar mais tempo com a família depois de anos de dedicação ao esporte.

Dinheiro não é problema para o jogador recém-aposentado. Brady ganhou mais do que qualquer atleta na história da NFL, acumulando US$ 293 milhões em salários e bônus ao longo da carreira, segundo o site Spotrac. Somando-se publicidade e parcerias, ele já faturou US$ 450 milhões.

Brady tem contrato de milhões com patrocinadores como Under Armour, Subway, T-Mobile e Christopher Cloos. Neste mês, ele lançou sua própria linha de roupas chamada Brady, além de continuar a expandir sua empresa de saúde e fitness TB12.

Assim como outro quarterback histórico, Peyton Manning, Tom Brady terá a oportunidade de permanecer relevante em termos de negócios por meio de marketing e documentários.

“Brady está ganhando tanto dinheiro como magnata dos negócios que talvez não precise fazer TV. Acredito que ele vá fazer [comerciais de] TV para Under Armour, Subway e alguns novos patrocinadores usando seu novo status de homem de família”, analisou Dorfman.

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