Guerra na Ucrânia afeta o esporte com fim de patrocínios e mudanças em eventos

A guerra na Ucrânia já afetou a realização de diversos eventos esportivos. Nesta sexta-feira (25), a Fórmula 1 anunciou a suspensão do GP da Rússia, marcado para 25 de setembro. No entanto, a etapa de Sochi da F1 não foi cancelada e ainda pode voltar ao calendário dependendo da solução do conflito no leste europeu até lá.

Nesta quinta-feira (24), o tetracampeão mundial Sebastian Vettel, piloto da Aston Martin, já havia dito que não correria na Rússia. “É horrível ver o que está acontecendo. Temos uma corrida na Rússia. Da minha parte, não deveria ir. Não vou. É errado correr naquele país. Sinto muito pelas pessoas inocentes que estão perdendo suas vidas, sendo mortas por razões estúpidas”, criticou o piloto alemão.

Já a equipe Haas divulgou que retiraria de seu carro tudo o que remetesse à Rússia durante a pré-temporada da F1. Nesta sexta-feira (25), o piloto russo Nikita Mazepin foi à pista para os testes realizados em Barcelona com o carro bastante modificado em relação à pintura original divulgada pela equipe no início do ano. As cores da bandeira russa, que adornavam a asa dianteira, o bico e as laterais do carro desapareceram, dando lugar ao branco e, no caso da asa dianteira, ao preto.

Horas antes da decisão da F1 de suspender o GP da Rússia, a UEFA divulgou a transferência da final da Champions League para o Stade de France, em Paris. A decisão estava marcada inicialmente para São Petersburgo, na Rússia.

A mudança foi a forma encontrada pela entidade europeia para “punir” a Rússia pela invasão da Ucrânia. Além da mudança de local, a entidade que comanda o futebol europeu também determinou que clubes e seleções da Rússia e da Ucrânia joguem em campo neutro as partidas em que forem mandantes nos torneios continentais.

A medida vai ao encontro de um pedido feito por Polônia, Suécia e República Tcheca, que divulgaram um comunicado conjunto se recusando a jogar a repescagem das Eliminatórias da Copa do Catar 2022 em solo russo.

A Polônia enfrentará a Rússia fora de casa no próximo dia 25 de março. O vencedor do confronto pegará o vitorioso do jogo República Tcheca x Suécia no dia 29 de março. Quem passar dessas quatro seleções garantirá uma vaga para o Mundial do Catar.

No mundo dos patrocínios esportivos, o conflito também já repercute. Depois de o Schalke divulgar que deixaria de usar o logotipo da Gazprom no espaço do patrocínio máster da camisa, o Manchester United rompeu o acordo que tinha com a Aeroflot.

A companhia aérea estatal russa era transportadora oficial dos Red Devils desde 2013. A decisão foi tomada logo após o governo do Reino Unido ter proibido a empresa de entrar no espaço aéreo britânico. Além disso, a Autoridade de Aviação Civil do país suspendeu a permissão de transporte estrangeiro da Aeroflot em solo britânico.

No Parlamento do Reino Unido, o deputado Chris Bryant, do Partido Trabalhista, pediu que seja proibida a posse de um clube de futebol do país por parte do magnata russo Roman Abramovich, que é dono do Chelsea desde 2003. O clube londrino é o atual campeão da Champions League e do Mundial de Clubes da FIFA.

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