Liga Nescau reúne quase 20 mil pessoas na 9ª edição, em São Paulo (SP)

Prova de atletismo da Liga Nescau - Alex Cícero / Divulgação

A Liga Esportiva Nescau bateu recorde de inscrições, participantes e público em sua 9ª edição, realizada no Clube Esperia, em São Paulo (SP). O evento recebeu 19.850 pessoas no último fim de semana, entre os 8.920 meninos e meninas inscritos, além de familiares e amigos.

Os quase 9 mil participantes representam o dobro em relação aos cerca de 4.500 presentes na edição anterior. Com o lema “Aqui Todo Mundo joga” e tendo diversidade e inclusão como dois dos seus principais pilares, o evento poliesportivo estudantil contou com 57% de participações femininas e 10% de participação de pessoas com deficiência inscritas.

Ao permitir que crianças e adolescentes joguem em mais de uma das 46 modalidades, entre competições, oficinas e desafios, o evento registrou mais de 29.350 inscrições. Segundo os organizadores, nas oito edições anteriores, a liga impactou a vida de mais de 45 mil crianças e adolescentes com idades entre 7 e 17 anos, além de 5 mil professores e a presença de cerca de 1.500 instituições do país.

“Confirmar novos recordes, tanto de inscrições como de participações, comprova que estamos no caminho certo. Vimos muita emoção e diversão entre as crianças, pais, mães, professores e professoras, e estamos motivados a seguir na democratização do esporte”, disse Luana Carvalho, gerente de marketing da Nescau.

Inclusão

A competição promoveu a convivência de crianças e adolescentes com e sem deficiência no mesmo ambiente esportivo.

“Isso traz a verdadeira inclusão, porque todos passam a ser vistos como iguais. Vi meninos e meninas sem deficiência na maior torcida por colegas deficientes, por exemplo. Afinal, todos somos pessoas”, comentou Adeilton de Souza Sene, o Panda, um dos coordenadores da Associação Desportiva para Deficientes (ADD).

A ADD levou 150 crianças e adolescentes para a liga (entre as mais de 400 pessoas atendidas pela entidade) em modalidades como atletismo e basquete em cadeira de rodas, além de todas as outras atividades paralelas às competições, distribuídas em oficinas e desafios.

“Jogamos desde a primeira edição do evento aberta a crianças e adolescentes com deficiência. Não podemos esquecer a relevância para os familiares, que não encontram muitas oportunidades de participar com os meninos e meninas. E o impacto de verem as crianças juntas e felizes é muito positivo”, destacou Panda.

Esportes

As crianças e adolescentes jogaram modalidades tradicionais, como basquete, futsal, handebol, vôlei, futebol, ginástica artística, natação e judô, e muitas delas também na versão adaptada, como tênis de mesa, natação, atletismo, basquete em cadeira de rodas e futebol de pc (praticado por atletas com paralisia cerebral).

Entre as oficinas e desafios, as opções foram arremesso de três pontos, chute ao gol, embaixadinhas, queimada, dança, futebol americano, e-Sports, beach tennis, skate, esgrima, minigolfe, ioiô, capoeira, malabares e badminton, entre outras.

A edição 2023 trouxe ainda novidades, como o quadball, adaptação do jogo apresentado na série de livros e filmes Harry Potter, no qual os jogadores simulam uma disputa entre bruxos montados em vassouras, em parceria com o time Dragões da Tormenta.

Outra modalidade apresentada na liga deste ano foi o WCMX, na qual cadeirantes encararam manobras radicais em uma pista de skate com o apoio do grupo Faca na Cadeira.

Embaixadores

Como já é tradicional, a Liga Nescau trouxe ídolos do esporte para motivar a garotada. Estiveram presentes nomes como Falcão (futsal), Daniel Dias (natação paralímpica), Verônica Hipólito e Raíssa Machado (atletismo paralímpico), Jujugol (estrela do futebol feminino com 13 anos de idade), B-boy Luan San (breaking) e Amorinha (paraskate).

“Me sinto como capitão do time de embaixadores da liga, pois integro o projeto desde a primeira edição, em 2015. E ano a ano vejo o crescimento no volume e na empolgação de todos”, celebrou Falcão.

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