Liquidação de empresa de criptomoedas gera calote em patrocínios esportivos

A plataforma Iqoniq teve liquidação decretada, deixando equipes, entidades e ligas sem receber dinheiro de contratos de patrocínio.

A empresa, com sede em Mônaco, tinha contrato com LaLiga, Real Sociedad, Crystal Palace, Olympique de Marselha, Euroliga de basquete, Federação Europeia de Handebol, a equipe McLaren na Fórmula 1 e o Essex Country Cricket Club, entre outros.

Segundo o jornal The Times, a Iqoniq deve € 820 mil pelo patrocínio da manga da camisa do Crystal Palace, que foi à Justiça contra a empresa.

A plataforma havia conseguido um investimento de € 100 milhões em julho de 2020, vindo da Lux Media Investments, empresa de Luxemburgo. No entanto, os negócios foram afetados pela pandemia.

Kazim Atilla, presidente da Iqonic, havia dito que a empresa ainda estava em operação e se mudaria para outro país. Ele também chegou a declarar que os tokens de criptomoeda da Iqoniq, comprados por torcedores e que sofreram desvalorização acentuada, voltariam a ter valor de mercado. O site da empresa permanece no ar. 

O problema impulsionou o pedido por uma maior regulamentação de plataformas de criptomoedas. Segundo o The Times, a Premier League ainda não possui regras para esse tipo de parceria. No momento, pelo menos metade dos clubes do Campeonato Inglês possuem contratos com empresas de criptomoedas ou tokens.

Outra empresa que entrou fortemente no esporte é a Socios.com, parceira de mais de 100 organizações esportivas. No Brasil, a companhia tem acordos com Atlético-MG, Corinthians, Flamengo, Internacional, Palmeiras, São Paulo e Vasco

Na Inglaterra, é parceira do Arsenal, que em dezembro teve anúncios de fan tokens banidos por publicidade enganosa.

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