Pugilista Eder Jofre, morto aos 86 anos, recebeu homenagem em moedas e estátua

Maior pugilista da história do Brasil, Eder Jofre, que morreu neste domingo (2) aos 86 anos, ganhou no ano passado uma homenagem da coleção Memorabília do Esporte, que lançou uma série celebrando os três títulos mundiais do brasileiro (1960, 1963 e 1973). Neste ano, em março, o ex-atleta recebeu uma nova homenagem, com o lançamento de uma miniatura realista.

Eder morreu em uma clínica em Embu das Artes (SP) por conta de complicações decorrentes de uma pneumonia.

Moedas

As moedas do lutador foram cunhadas em ouro, prata e bronze. Nas medalhas, além de imagens do Galo de Ouro (apelido do pugilista) e identificação da modalidade, as inscrições remetem aos anos em que conquistou seus três cinturões mundiais. As moedas, atualmente fora de catálogo, também trazem a assinatura de Eder, integrante do Hall da Fama do Boxe, em Nova York, e do Hall da Fama da Costa Oeste, na Califórnia.

“Essas medalhas resgatam momentos muito especiais para mim e para a minha família. Tenho orgulho por ter representado meu país e conquistado três títulos mundiais para o Brasil”

Eder Jofre, na época em que recebeu a homenagem

“Fico muito feliz com essa homenagem e agradeço esse carinho da Memorabília do Esporte e da Casa da Moeda por mim”, acrescentou o pugilista.

Moeda de ouro em homenagem a Eder Jofre – Divulgação

Produzidas pela Casa da Moeda do Brasil e cunhadas com acabamento “proof”, as medalhas de ouro possuem 22mm (+ 7,77 gramas), enquanto as peças de prata (+ 31 gramas) e bronze (+ 24 gramas) possuem diâmetro de 40mm. Todas contam com fundo espelhado, com tiragens limitadas e numeradas, e certificados de autenticidade, além do estojo de luxo.

As peças foram produzidas com tiragens limitadas: a série de bronze conta com 200 unidades (R$ 145), a de prata tem 100 unidades (R$ 560) e a de ouro possui 85 unidades (R$ 3.700).

Estátua

Já as estátuas realistas do boxeador, em escala 1/6, ainda estão à venda, em um segundo lote de 500 peças, todas autografadas à mão por Eder Jofre. As peças, em resina pedra, foram pintadas individualmente com tinta automotiva. Elas levam certificado, selo de autenticidade e card exclusivo, custam R$ 2.173 e ainda estão à venda no site do Memorabília do Esporte.

O primeiro lote foi esgotado no lançamento. Curiosamente, teve mais de 50% das peças vendidas para colecionadores norte-americanos, dando a ideia de que o pugilista desfrutava de mais fama no exterior do que no próprio Brasil.

Carreira de sucesso

Eder Jofre encerrou a carreia no boxe com um cartel de 81 lutas, com 75 vitórias (51 por nocaute), quatro empates e apenas duas derrotas. Herdeiro do clã Jofre-Zumbano, teve como inspiração o pai, o argentino José Aristides Jofre, o Kid Jofre.

O Galo de Ouro foi considerado pela revista The Ring, espécie de Bíblia da modalidade, como o “melhor pugilista da década de 1960”, à frente da lenda Muhammad Ali, que ficou em segundo lugar na enquete. Em 2002, o brasileiro foi considerado, pela mesma publicação, o nono melhor pugilista dos últimos 50 anos. Por fim, também foi considerado o maior peso galo do boxe na época contemporânea.

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