Wings For Life World Run 2022 arrecada € 4,7 milhões em todo o mundo

A nona edição da Wings For Life World Run 2022 atraiu, neste domingo (8), 161.892 participantes de 165 países, arrecadando € 4,7 milhões. Atletas sem deficiência e cadeirantes arrecadaram dinheiro para pesquisa sobre lesões na medula espinhal por meio da taxa de inscrição e doações.

O desafio mundial teve como vencedores o japonês Jo Fukuda, de Tóquio, que correu 64,43 km, e a russa Nina Zarina, que percorreu 56 km em Santa Mônica (EUA). Na Wings for Life World Run, não há linha de chegada definida. Um ”Catcher Car”, que começa 30 minutos depois que os corredores largam, faz a perseguição e ultrapassa um a um os participantes.

Neste ano, os participantes percorreram, em média, 11,9 km até o momento em que o ”Catcher Car”, a linha de chegada em movimento, os alcançou e ultrapassou. Os resultados estão disponíveis no site oficial do evento

”Sempre que muitas pessoas unem forças, grandes coisas acontecem. Estou profundamente agradecida que tantas pessoas correram pela nossa causa. Nos últimos anos, já fizemos grandes passos para encontrar uma cura para a lesão na medula espinhal. Graças aos participantes de hoje, podemos continuar a financiar cientistas brilhantes em sua jornada”, destacou Anita Gerhardter, CEO da Wings For Life.

A nona edição viu milhares de participantes entusiasmados se juntarem em todo o mundo, individualmente com o aplicativo ou em grupos organizados em App Run Events, no qual todos correram juntos antes de serem perseguidos um a um pelo Virtual Catcher Car.

A edição deste ano trouxe de volta sete grandes cidades ao evento, após um hiato de dois anos devido à pandemia: Viena (Áustria), Munique (Alemanha), Zug (Suíça), Liubliana (Eslovênia), Zadar (Croácia), Poznan (Polônia) e Izmir (Turquia). Em São Paulo, o evento aconteceu no Parque das Bicicletas, na zona sul da capital, com patrocínio máster da Fila. Os ”Catcher Cars” foram dirigidos por nomes como a lenda Adam Malyz (esqui saltos) na Polônia e a pilota alemã Sophia Floersch.

”Ver meu amigo Eliud Kipchoge tornar o mundo um lugar melhor através de sua corrida me inspirou a querer fazer o mesmo. Neste ano, queria me desafiar e ganhar o primeiro lugar, então estou muito feliz”, disse Fukuda, campeão no masculino, referindo-se ao trabalho de caridade do queniano, bicampeão olímpico da maratona.

Nina Zarina, que correu individualmente com o aplicativo, venceu o feminino pela quarta vez consecutiva. ”Estou muito feliz por ter vencido em Santa Mônica hoje. É difícil correr sozinha, mas estou muito feliz por estar novamente com todos os corredores finalmente juntos”, afirmou a campeã.

Sol no Cairo, chuva em Nova York, granizo na Croácia e neve na Suécia: as condições para os corredores dificilmente poderiam ter sido mais diversificadas na Wings For Life World Run. A temperatura mais quente registrada para os corredores foi em Jaipur, na Índia (42ºC), e a mais fria em Nuussuag, na Groenlândia (-8ºC), de acordo com o meteorologista oficial UBIMET.

A mesma grande diversidade se aplicava aos tempos locais. O campo mundial de participantes começou exatamente às 11h UTC (sigla para Tempo Universal Coordenado). Em alguns locais, como em Auckland, na Nova Zelândia, foi uma corrida noturna, enquanto em outros locais, como Los Angeles e na Cidade do México, foi uma prova matinal. Na Europa, África e Oriente Médio o evento aconteceu às 12h.

Desde 2014, 1.086.988 corredores participaram da corrida global de caridade. O milionésimo participante se inscreveu apenas neste ano e correu na Flagship Run em Zug, onde orgulhosamente carregou seu número cerimonial de largada de ouro durante a corrida.

Um total de 10.266.768 quilômetros foram percorridos desde o primeiro evento, e € 38 milhões foram arrecadados. Todas as taxas de inscrição e doações vão diretamente para a pesquisa sobre lesões na medula espinhal.

A fundação Wings For Life apoia projetos de pesquisa promissores, como um estudo clínico da Suíça chamado Stimulation Movement Overground (STIMO), que tem sido apoiado desde o início e permitiu que dois paralíticos, o suíço David Mzee e o italiano Michel Roccati, participassem da Wings For Life World Run por conta própria e sem cadeira de rodas.

Outro exemplo inovador é um estudo clínico nos EUA chamado RESET, que foi financiado com US$ 7 milhões. O objetivo do estudo é induzir os nervos danificados a crescer novamente e se reconectar em pacientes que sofrem de lesão medular de longo prazo.

O Wings For Life World Run do ano que vem já está marcado. Em 2023, será a décima edição do evento, que será realizado no dia 7 de maio.

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