Stock Car inicia temporada 2023 com naming rights do BRB e mais de 200 marcas envolvidas

A temporada 2023 da Stock Car começou. Nesta quinta-feira (30), os carros já foram para a pista do Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia (GO), para a primeira das 12 etapas que serão disputadas para definir o campeão em dezembro. A corrida inicial está marcada para as 11h30 do domingo (2), com a rodada dupla sendo completada às 12h20, ambas com transmissão na Band e no Sportv, além do canal oficial da categoria no YouTube e o canal do Gaules na Twitch.

Considerada a principal categoria do automobilismo nacional, a Stock Car tem ganhado cada vez mais força nos últimos anos, o que, consequentemente, faz com que o mercado olhe com cada vez mais atenção. Para se ter uma ideia, no biênio 2021/2022, o crescimento no número de marcas envolvidas na Stock Car chegou a 109%. No ano passado, 50% dos 26 contratos da categoria foram com empresas de fora do segmento de automóveis.

Para este ano, o número de contratos permaneceu o mesmo, mas com algumas mudanças. Entre as operadoras de telefonia, a Claro saiu para a entrada da Vivo. Outra troca foi no setor de apostas, com a saída da Betway para a entrada da Parimatch. E uma terceira substituição foi na fabricante de pneus, com a Hankook entrando no lugar da Pirelli.

Uma quarta aquisição da Stock Car foi a Lwart, empresa especializada em soluções ambientais, que fará a coleta de todo o óleo lubrificante utilizado ao longo do ano na categoria.

Entre as novidades, a última fica por conta do Banco BRB, que já era patrocinador da Stock Car no ano passado, mas, em 2023, passa a ser patrocinador máster e dono dos naming rights da competição. Com o automobilismo como um dos principais focos no mercado esportivo, a instituição financeira também detém os naming rights do Rally dos Sertões e da Fórmula 4 Brasil.

Grid de 2023 terá mais uma vez nomes consagrados como Rubens Barrichello, Felipe Massa e Tony Kanaan – Duda Bairros / Stock Car

Além destes, ainda há uma série de contratos ativos, como os essenciais com Toyota e Chevrolet, montadoras que fornecem os carros da categoria. A lista ainda conta com ArcelorMittal, Atto Sementes, Intelbras, Snapdragon, Podium, Blau, Transzero, Axalta Tintas, Fras-le, Fremax, SKF, Viemar, Protechtor, Real Radiadores, Mangels, Magic Brazil e Orma.

“Ser a parceira atual mais antiga da Stock Car só atesta o quanto essa colaboração gerou, tecnicamente e mercadologicamente, e de maneira mútua. Temos muito orgulho de caminhar lado a lado com a principal categoria brasileira, fornecendo discos de freio de alta qualidade para todos os pilotos, o que permitiu, durante todos estes anos, um trabalho incessante de desenvolvimento que também resultou na entrega de produtos de ponta não só às equipes da Stock Car, mas também ao consumidor final”, destacou Julio Cesar da Silva, diretor de operações da Fremax.

“A Fras-le vem investindo em tecnologia e inovação para desenvolver pastilhas de freio e produtos de atrito em geral que garantam desempenho superior em todas as condições de uso, seja nas pistas ou nas ruas e estradas. Esta é a oitava temporada que somos patrocinadores oficiais para a maior categoria do automobilismo brasileiro, onde as pastilhas de freio Fras-le são colocadas sob extremas condições de uso. Esta parceria de sucesso com a Stock Car Pro Series enaltece a marca como a pastilha oficial que equipa todas as equipes, para todos os fãs de automobilismo”, afirmou Sabrina Carbone, gerente de marketing da Fras-le.

Equipes e pilotos

Entre as equipes e pilotos, também há novidades. O atual campeão Rubens Barrichello fechou com Denso e New Holland, enquanto o filho Dudu, que será seu companheiro de equipe na Mobil ALE Full Time, acertou com Fini e Lwart. A ALE Combustíveis, que já era parceira da equipe e do pai, também passou a ser parceira do filho.

Na KTF Sports, Cacá Bueno fechou com a Tekbond, enquanto Rodrigo Baptista acertou com a Pixbet. Na Lubrax Podium, Felipe Massa passou a ser patrocinado pela Betano, enquanto na Full Time Bassani, Tony Kanaan ganhou o aporte da Havoline.

Na Scuderia Chiarelli, Sergio Jimenez fechou com a PDV, subsidiária brasileira da petroleira venezuelana PDVSA. Já na RCM Motorsport, Bruno Baptista assinou com Krona e Tambasa Atacadista.

A lista continua na Eurofarma RC, que ganhou o patrocínio da OAZ, marca de filtro solar do próprio grupo Eurofarma para os pilotos Ricardo Maurício e Daniel Serra. Na Ipiranga Racing, os carros de Thiago Camilo e Cesar Ramos estamparão a marca da Ipimax, gasolina de alta performance do próprio grupo Ipiranga.

Na Hot Car Competições, Lucas Kohl acertou com a Bellko, enquanto Gaetano Di Mauro fechou com a Valda, pastilhas fabricadas pelo grupo Eurofarma.

Por fim, na Pole Motorsport, Rafael Suzuki ganhou o aporte da multinacional alemã de peças automotivas Mahle. Já Átila Abreu foi o piloto que mais assinou contratos para 2023. Neste ano, ele passará a ser patrocinado pela petrolífera malaia Petronas, a empresa especializada em ferramentas Vonder e ainda a Genial Investimentos.

Temporada 2023 terá 31 pilotos na briga pelo título – Magnus Torquato / Stock Car

Ao todo, incluindo todas as empresas envolvidas na Stock Car, a temporada servirá para dar visibilidade a mais de 200 marcas. As cotas de patrocínio vão desde acordos de R$ 100 mil até R$ 10 milhões anuais.

“O automobilismo é conhecido por ser uma grande plataforma de relacionamento e geração de negócios. E com a Stock Car não é diferente. Obviamente, a corrida é um meio, mas não é o fim. Grandes marcas globalmente utilizam categorias de renome do automobilismo mundial para se relacionar e gerar valor. Então, as empresas que estão conectadas ao ecossistema da Stock Car enxergam na categoria uma ferramenta de fazer relacionamento e negócios B2B, obviamente sem esquecer o outro lado do negócio, que são os fãs do esporte a motor”, comentou Fernando Julianelli, CEO da Vicar, promotora e organizadora da Stock Car.

Outros números chamam atenção

De acordo com um estudo do Centro de Inteligência da Economia da Secretaria do Turismo do Estado de São Paulo, a Stock Car causa um impacto econômico de até R$ 30 milhões por etapa nas cidades por onde passa. Em média, 220 mil fãs assistem in loco as provas da categoria por ano. Nos camarotes, cerca de 20 mil convidados especiais comparecem nos autódromos anualmente, enquanto cerca de 30 mil pessoas participam da visitação aos boxes, ao lado de pilotos e carros oficiais.

Em relação ao retorno de mídia, a Stock Car ultrapassou a marca de R$ 1,5 bilhão pela primeira vez em 2021, segundo o Ibope/Repucom. Já nas redes sociais, o evento e os pilotos já somam cerca de 5 milhões de seguidores, com mais de 10 mil postagens anuais.

“Parafraseando Bernie Ecclestone [ex-chefão da Fórmula 1]: o automobilismo é um grande negócio que, de vez em quando, para para fazer corridas”, resumiu Fernando Julianelli.

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