Stock Car lança campanha de alerta sobre desertificação dos rios da Amazônia

Stock Car Pro Series lançou iniciativa que tem como objetivo chamar a atenção para a crise ambiental enfrentada pelos rios da Floresta Amazônica - Divulgação

A Stock Car Pro Series lançou, nesta quinta-feira (18), a campanha “Amazon Desert Rally”. Com o mote “Não patrocine essa corrida”, a iniciativa tem como objetivo chamar a atenção para a crise ambiental enfrentada pelos rios da Floresta Amazônica, que perderam 130 milhões de litros de água apenas em 2023.

O projeto é um chamado à ação para preservar um dos principais recursos naturais do planeta. No filme, indígenas formam uma equipe para liderar a missão de alertar o mundo para a destruição acelerada da floresta.

A tribo mostra habilidade ao volante de carros 4×4 correndo pelos rios secos da Bacia Amazônica. O vídeo desencoraja o comércio ilegal de madeira e se encerra com o apelo da equipe para que o evento fictício, o Amazon Desert Rally, não aconteça, já que sua realização indicaria a desertificação dos rios da Floresta Amazônica.

“Muitas vezes, não nos damos conta da responsabilidade que temos como consumidores e como sociedade em geral”, disse Fernando Julianelli, CEO da Vicar, promotora da Stock Car Pro Series.

“Se você combater o uso dos recursos amazônicos, mesmo que seja só na sua casa, já ajudará a preservar a floresta. Daí o nosso slogan: Não patrocine essa corrida”

Fernando Julianelli, CEO da Vicar

Degradação

Cerca de 47% da Floresta Amazônica deve entrar em uma trajetória de degradação sem volta até 2050, segundo um estudo publicado pela Nature, uma das principais revistas científicas do mundo.

Com dados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, foi possível identificar 142 mil hectares com desmatamento ilegal durante o período do estudo, representando 38% do total. Isso significa que a Amazônia teve uma área de floresta equivalente à cidade de São Paulo devastada pela exploração ilegal de madeira em apenas um ano.

Se o cenário não mudar até 2030, ano previsto para o chamado “ponto de não retorno”, a degradação será tão grave que não será mais possível restaurar rios, florestas e vida selvagem.

“Um rali sempre nos remete a uma aventura. Aventura em que a natureza deve ser a protagonista. Sem florestas ou rios fluindo, a frieza do aço será o nosso destino e de quem virá”, afirmou Paulo Moutinho, pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

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