O futebol é o esporte mais consumido no mundo, mas, com a revolução digital, está cada vez mais difícil conquistar o coração do público jovem. Então, Gerard Piqué, ex-jogador do Barcelona e da seleção espanhola, e o streamer Ibai Llanos viram uma oportunidade de revitalizar o esporte, especialmente entre os mais jovens, que priorizam os conteúdos digitais e mais interativos. Assim, em 2023, eles criaram a Kings League.
A Kings League é uma liga de futebol de 7 que envolve times compostos por influenciadores digitais e lendas do futebol tradicional, adotando regras que combinam o futebol com a interatividade do mundo dos games. É uma forma completamente nova de assistir futebol. A liga é transmitida gratuitamente em canais digitais, e a última Copa do Mundo atraiu mais de 83 milhões de espectadores, além de levar mais de 50 mil pessoas a um estádio em Monterrey, no México, para presenciar ao vivo e a cores a grande final, disputada no dia 8 de junho.
O grande diferencial da Kings League são suas regras inovadoras e a duração dos jogos. As partidas são mais curtas e intensas, durando apenas 40 minutos, o que é perfeito para a geração jovem que prefere conteúdos rápidos e dinâmicos. Algumas das regras específicas incluem substituições ilimitadas e o uso de “cartas especiais”. Essas cartas concedem diferentes “poderes” ao time, como dobrar o valor de um gol por dois minutos ou expulsar um adversário por dois minutos.
Eu já tinha ouvido falar da liga, mas nunca tinha parado para assistir até a recente Copa do Mundo no México, quando o Brasil estava competindo com dois times, G3X e Furia, ambos nascidos e criados no mundo dos esportes eletrônicos. O G3X, representando Gaules, o maior streamer brasileiro e um dos maiores do mundo, e a Furia, um dos maiores times de e-Sports do mundo, apoiada por Neymar e com lendas como Falcão em campo.
Os fãs de e-Sports são nativos do digital, e envolver famosos desse universo com a liga foi uma grande sacada de Piqué, colocando a competição nos trending topics de games no Brasil. As transmissões foram um sucesso, e os jogos, superemocionantes.
E, agora que conhecemos melhor o fenômeno da Kings League, queremos ver a liga aqui, com todos os times brasileiros. Imagina um MIBR FC?
Roberta Coelho é CEO da equipe de e-Sports MIBR e escreve mensalmente na Máquina do Esporte