A Sportel voltou para valer em 2022

Foram três anos de intervalo entre a última Sportel, antes da pandemia, para esta de 2022. De lá para cá, muita coisa mudou. Até Mônaco está diferente com uma enorme obra com novas edificações e um aterramento que aumentou um pouquinho o território do principado, alterando bastante a paisagem e o cenário locais.

Em 2021, a Sportel fez uma edição mais compacta, com um número bem menor do que o normal de participantes. Então, para valer mesmo, esta foi a primeira depois da pandemia.

O número de participantes neste ano chegou perto de 2 mil pessoas entre executivos de ligas, clubes, agências, emissoras, empresas de tecnologia e todo mundo que de alguma forma está envolvido na área da mídia esportiva.

Foram três dias intensos de evento, em reuniões com parceiros e clientes com quem não nos encontrávamos desde 2019 e aproveitando também para botar o papo em dia com quem temos um contato mais frequente.

E estar próximo de colegas da mesma empresa que trabalham em operações espalhadas por todo o mundo, como é o caso da IMG, também é um dos benefícios da Sportel, uma vez que presencialmente algumas coisas que demorariam dias ou semanas para se resolver a distância, acabam sendo resolvidas em um espaço de tempo bem menor presencialmente.

Não necessariamente contratos são fechados por aqui, mas já fiz grandes acordos que, ou começaram em um papo na Sportel, ou o papo aqui ajudou a encaminhar para um final feliz. E isso vale quando eu vinha para cá como comprador, na época em que atuava no BandSports e também agora como vendedor de conteúdo pela IMG.

Estar aqui e entender um pouco do mercado global, das peculiaridades de mercados importantes e poder aprender com o que está dando certo por aí é sempre positivo e vale a pena. A troca de conhecimento é intensa entre parceiros de negócios e até mesmo concorrentes, quando possível.

Uma coisa que me chamou muito a atenção também é o fato de o Brasil ter aumentado a sua representatividade não apenas no número de empresas, mas também na quantidade de executivos atuando nos mais variados segmentos. Tem brasileiro em ligas internacionais, em agências internacionais, em empresas de tecnologia, entre tantas outras. Gente que atua no Brasil ou brasileiros que estão atuando fora do país espalhados pelos quatro cantos do mundo.

Considero isso um avanço para a nossa indústria e um ponto positivo para que possamos usar este conhecimento para melhorar ainda mais o esporte no nosso país.

Em 2023, estaremos de volta por aqui. E novas histórias serão contadas.

Evandro Figueira é vice-presidente da IMG Media no Brasil e escreve mensalmente na Máquina do Esporte

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