COB ajusta estratégia de digital e lidera ranking mundial desde abril

Às vésperas do início dos Jogos Sul-Americanos, que acontecerão em Assunção, no Paraguai, entre 1º e 15 de outubro, é hora de olhar com um pouco mais de carinho para o ótimo trabalho que o Comitê Olímpico do Brasil (COB) tem feito na área de digital nos últimos meses. Com um ajuste na estratégia de produção e distribuição de conteúdo, o COB tem liderado o ranking de interação de redes sociais da Associação dos Comitês Olímpicos Nacionais (Anoc), que engloba comitês olímpicos de 206 países, desde abril.

No começo de 2022, a então já boa estratégia digital do COB recebeu alguns ajustes e ficou ainda melhor. Um dos pilares para o crescimento das métricas foi o foco maior no factual, com a cobertura incessante dos inúmeros eventos esportivos pelo país e pelo mundo. Com o conteúdo dos canais do comitê, os seguidores passaram a ter contato com os esportes olímpicos todos os dias.

Na produção própria de conteúdo factual, destacam-se a quantidade e a qualidade do que é gerado em vídeo (ao vivo e gravado) e exibido no Canal Olímpico do Brasil, um projeto em parceria com a NSports, e no canal próprio do Comitê Olímpico do Brasil no YouTube. Na produção audiovisual, aliás, o COB apresenta métricas de grande destaque: teve 20 milhões de visualizações de vídeo em julho (um recorde histórico entre todos os comitês nacionais) e conquistou um aumento de 200% no número de inscritos em seu canal do YouTube desde janeiro.

Outro pilar que impulsionou o bom desempenho foi a mudança de linguagem das contas oficiais nas redes sociais, que ficaram mais próximas e, consequentemente, estimularam a interação com o público. Mais íntimo de seus seguidores, o COB naturalmente passou a produzir um conteúdo diversificado e a se identificar com os mais diferentes perfis que compõem a sua imensa base.

Fortalecidas, as redes sociais passaram a funcionar como um braço importante para realizar entregas a patrocinadores e a turbinar outras ações estratégicas do marketing do COB, como os padrinhos e as madrinhas do Time Brasil. Em agosto, por exemplo, o surfista Pedro Scooby foi anunciado como o primeiro padrinho da entidade e terá o objetivo de conectar fãs ao enorme número de atletas antes e durante os Jogos Olímpicos de Paris. Para a meta se concretizar, certamente o conteúdo digital terá papel protagonista.

Outro fato que contribui para o alto número de interações é a boa relação do Comitê Olímpico do Brasil com grande parte dos atletas. A boa conexão é histórica e foi mantida neste ciclo novo da comunicação e do marketing do COB. A ajuda mútua é fundamental para o crescimento de métricas dos dois lados nas redes sociais, com menções, compartilhamentos, etc.

Com a liderança do ranking mundial bem-consolidada, agora a entidade se prepara para os próximos passos no ambiente digital. Entre eles, estão a integração maior do Canal Olímpico do Brasil com as redes sociais; o investimento em mais conteúdo em vídeo de longo formato, como o recém-lançado documentário sobre Bernardinho e o vôlei brasileiro; e a análise de dados da imensa base de fãs.

Aliando o que já vem dando certo às novidades, certamente a área de digital do COB terá o lugar mais alto do pódio garantido por bastante tempo.

André Stepan é jornalista, pós-graduado em marketing esportivo, especialista em comunicação e conteúdo digital, e escreve mensalmente na Máquina do Esporte

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