Como as marcas usam o storytelling para gerar uma ação?

Comercial da Volkswagen com Elis Regina utilizou IA para contar história da marca - Reprodução / Internet

Já ouviu falar de um termo conhecido como storytelling? Ele é usado em muitas campanhas de marketing e consiste na arte de contar histórias para estimular a imaginação do consumidor.

Engana-se quem pensa que uma campanha de marketing baseada em storytelling é feita somente pensando em vendas e lucro. Isso vem como um resultado natural. O objetivo é provocar mudanças no mundo real fora da empresa, inspirando outras pessoas a agir em relação a questões como mudança climática e desigualdade social.

E para gerar ações significativas, se faz necessário ter uma narrativa com um propósito convincente. O tema deve ser forte e abrangente o suficiente para durar toda a campanha e unir as mensagens contidas nele. Cada marca tem objetivos diferentes, é verdade, mas há alguns passos que servem como uma “receita” de sucesso.

O primeiro ponto é conhecer seu público-alvo. Onde ele está? O que o motiva? Dependendo do caso, pode-se dividi-lo por gênero ou idade. Ou até mesmo geração! A Geração Z, por exemplo, está mais propensa a comprar de marcas que se alinham com seus valores e consomem conteúdo principalmente por meio de smartphones e mídias sociais.

Outra dica para passar uma mensagem efetiva é estabelecer parcerias, não só com “celebridades” e empresas, mas com organizações e instituições. Dessa forma, atingirá comunidades inteiras e amplificá seu alcance, fazendo a diferença na vida de muitas famílias. E compartilhe o resultado, por menor que seja. Nada é tão pequeno que não mereça ser divulgado!

O terceiro passo vai, especificamente, para quem trabalha com esportes. Qualquer empresa planejando engajar fãs por meio de campanhas orientadas para um propósito deve estruturar suas atividades para criar consciência e inspirar ação dentro e fora do local de prática da modalidade. A mensagem pode dizer o que os torcedores devem fazer e por que, repetida em várias plataformas. Recompensar comportamentos com programas de fidelidade também é uma estratégia positiva.

Para patrocinadores que estiverem embarcando nesse universo pela primeira vez, é vantajoso “trocar figurinhas” com o departamento de marketing do próprio clube, a fim de serem melhor orientados a falar com a base de fãs da maneira correta, com linguagem adequada. Uma vez que a mensagem foi ajustada, as equipes digitais e de comunicação podem oferecer suporte na entrega de uma campanha eficaz.

Esses são apenas alguns exemplos de como o storytelling não só pode ajudar a fortalecer uma marca e vender, mas também construir histórias que emocionem e estão conectadas com o tempo das coisas.

O momento agora é do uso da Inteligência Artificial. No entanto, é preciso somar à tecnologia um bom e adequado roteiro, com propósito, como no belíssimo e recente exemplo do comercial da Volskswagen em que, embalada pela canção ‘Como Nossos Pais’, Maria Rita e Elis Regina cantam juntas e dirigem a nova e a antiga versão da emblemática Kombi. É trabalho um incrível e que integra de forma emocionante tecnologia (I.A) e UM storytelling emocionante, literalmente.

Desta forma, como não imaginar um papo entre Messi e Maradona ou de Pelé com Vinícius Jr. trazendo novas histórias com o que há de mais moderno e atual em tecnologia em novos momentos emocionantes em que o produto é apenas um detalhe.

Até a próxima!

Reginaldo Diniz é cofundador e CEO do Grupo End to End e escreve mensalmente na Máquina do Esporte

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