Golfe: do século XV para a modernidade

Quando fui convidado para escrever esta coluna mensal para a Máquina do Esporte, fiquei pensando quando finalmente iria puxar (ainda mais) a brasa para a minha sardinha.

Falo aqui de dois temas que sou apaixonado: games e esportes.

Tento criar uma ponte entre essas duas realidades. Mostrar que cada vez mais um não vive sem o outro. Que goiabada com queijo, que nada.

Um belo dia, ainda criança, me apaixonei pelo golfe. Não me pergunte a razão.

Fiquei esperando o dia para falar sobre golfe por aqui.

Meu pai me convidou para acompanhar um amigo dele em Itu, no interior de São Paulo, em uma partida lá no Terras de São José.

Logo de imediato, aceitei.

Marchamos sob o sol da região por longos e infindáveis dezoito buracos.

Mas, acreditem se quiser, gostei daquilo. E hoje tento, da maneira que posso, manter o golfe perto da minha vida.

Naturalmente, como uma pessoa que gosta de games, fui buscar mais da experiência do golfe nas telas.

E, para minha surpresa, o golfe (esporte que tem sua origem na Escócia no século XV) dá uma aula de inovação digital.

Topgolf: videogame ao ar livre

Topgolf, um lugar para jogar, comer e se divertir, graças à tecnologia – Reprodução

Um dos lugares que fiz questão de conhecer quando fui para os Estados Unidos foi um lugar chamado Topgolf.

Se eu precisasse te explicar rapidamente, poderia te dizer que é uma experiência que mistura o boliche e um restaurante estilo Outback.

Em cada baia, você pode pedir seus comes e bebes. Enquanto isso, escolhe seus tacos e é orientado por telas e monitores sobre os próximos passos.

O mais bacana é que, logo à sua frente, há um campo (tecnicamente chamado drive range), onde cada buraco acende de acordo com a ordem que você deve bater.

Tudo pensado para que você possa se divertir e interagir enquanto joga.

Quem não está jogando (ou não quer jogar), fica ali num lugar bacana e assiste ao povo se divertir.

Eu poderia dizer que só essa experiência já é legal, quase que um videogame a céu aberto.

Fiquei curioso em saber quem estava por trás da empresa e deparei com a mesma empresa proprietária do jogo World Golf Tour, mais conhecido como WGT, feito para celular.

Golfe e e-Sports já se encontraram no WGT, com patrocínio da Mastercard – Reprodução

Entre outras coisas, o jogo é conhecido por:

Eu poderia cair na tentação aqui de trazer uma infindável lista de jogos (para PC, console ou celular) sobre o tema do secular esporte escocês.

O fato é que o tema é bastante explorado, inclusive com coisas muito interessantes para quem quer percorrer 18 buracos sem sair do lugar.

O que a TMRW tem a ver com o amanhã do entretenimento esportivo

Você já pensou em assistir golfe em um estádio? O Tiger Woods já – Reprodução

Em agosto de 2022, o golfe mostrou sua aptidão para inovação ao anunciar algo que une tecnologia, entretenimento e mídia.

Ninguém mais que Tiger Woods, Rory McIlroy e Mike McCarley (ex-NBC Sports) se uniram para lançar a TMRW Sports.

A empresa foca na união do esporte (golfe, naturalmente) e tecnologia para entreter o fã da modalidade.

Isso tudo dentro de um estádio, por duas horas, unindo jogadores profissionais do PGA Tour. Tanto que já existe uma liga para isso, a TGL.

Pela sua própria natureza, o golfe sempre usou recursos de virtualização e visuais para garantir que a audiência pudesse acompanhar (e, mais do que nunca, entender) o que estava sendo transmitido pela TV.

Quando essa experiência vai para dentro de um estádio, atinge um nível espetacularmente interativo.

Para quem acompanha golfe mais de perto, já percebeu que o esporte abre mão de diversos recursos tecnológicos: relógios, GPS, aplicativos, medidores de velocidade e distância, simuladores caseiros e profissionais, além de uma infinidade de itens para apaixonados por tecnologia esportiva.

Isso tudo vai se encontrar em escala gigante a partir de agora.

E o mais bacana é que a TGL foi pensada para complementar o calendário oficial do PGA Tour.

Mais diversão para o público. Mais dindim para os jogadores profissionais.

Está a fim de bater uma bolinha virtual?

Alessandro Sassaroli trabalhou seis anos como head da área de gaming do YouTube, depois tornou-se evangelista do universo gamer, auxiliando marcas e pessoas a entenderem e se inserirem no universo dos e-Sports, e escreve mensalmente na Máquina do Esporte

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