Evento confirma revolução e projetos históricos do COB para Paris 2024

Riachuelo aproveitou o evento para apresentar o uniforme que será usado pela delegação brasileira na Cerimônia de Abertura de Paris 2024 - Alexandre Loureiro / COB

Para quem está habituado a trabalhar com futebol, seria comum ver, em um ciclo bem trabalhado pelo marketing, uma evolução no que diz respeito a ações de marca de uma entidade esportiva e também no crescimento comercial.

Na semana passada, estive presente no evento que marcou os “100 dias para Paris”, organizado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), no Morro da Urca, no Rio de Janeiro (RJ). O que eu e os mais de mil presentes na festa pudemos ver, foi uma atmosfera completamente diferente do que poderíamos esperar de uma entidade tradicional, que notoriamente já vinha fazendo um ótimo trabalho em diversas frentes, principalmente na esportiva, mas que passou por uma revolução no marketing nos últimos dois anos.

Bicampeões olímpicos no vôlei, Maurício Lima e Sheilla Castro marcaram presença no evento – Alexandre Loureiro / COB

Revolução, aliás, foi a palavra que mais ouvi em todos os momentos, em todas as rodas de conversa. De confederações olímpicas, passando por ex-atletas medalhistas, e, principalmente, por grandes empresas do mercado e grandes marcas que hoje patrocinam o Time Brasil, e que lá estavam. A propósito, a sensação foi exatamente essa: o mercado estava presente.

A união entre esporte e entretenimento, recheada de algumas ativações dos patrocinadores (XP, Riachuelo, Estácio, Corona (global) e Nutry, entre outras) totalmente integradas ao conteúdo do evento, foram, na minha opinião, o grande destaque da noite.

Cerveja Corona ganhou uma nova embalagem alusiva aos Jogos de Paris 2024 – Alexandre Loureiro / COB

Particularmente, eu já conhecia algumas das iniciativas lançadas anteriormente, como trouxe na coluna do mês passado, mas deparar com todas elas, ao mesmo tempo, deu outra dimensão do movimento que o COB prepara para Paris e promete marcar história: o anúncio do recorde histórico de patrocinadores (de 6 para 20 marcas); Fátima Bernardes, estrela do “Paris é Brasa”, como mestre de cerimônias; anúncio do squad de conteúdo das marcas nos Jogos Olímpicos via uma ativação de um dos patrocinadores (Estácio), que estará presente nos eventos de experiência com os fãs na Casa Brasil em Paris e no Festival Olímpico em São Paulo (SP), uma fan fest inédita e a maior fora da cidade-sede; lançamento do uniforme que o Time Brasil usará na Cerimônia de Abertura; e até o brinde final celebrado com Corona em uma nova embalagem alusiva aos Jogos.

Hoje, o mercado e o público enxergam o COB com outros olhos. E quem esteve lá pôde entender um pouco e aproveitar bastante essa revolução. Agora, só me resta esperar ansiosamente para que esses 92 dias passem rapidamente e que esse grande case mude tudo definitivamente e traga muito mais visibilidade e interesse do mercado para os esportes olímpicos no Brasil.

André Stepan é diretor de marketing do canal Goat, desenvolvedor de negócios da Horizm no Brasil e escreve mensalmente na Máquina do Esporte

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