Opinião: Criando memórias do esporte

No meio do ano passado, organizamos um evento de ciclismo com o Belmond Copacabana Palace, tradicional hotel carioca. À época, nos aproximamos bastante da equipe de comunicação da rede e, no final do ano, retomamos o contato e iniciamos uma conversa sobre a possibilidade de organizarmos um evento com o grupo de atletas do Strava no Belmond Cataratas, outro hotel da mesma rede. 

Pesquisamos e rapidamente tivemos a confirmação de que, em 2022, aconteceria a 13ª edição da Meia-Maratona das Cataratas, tradicional prova que foi interrompida nos últimos dois anos por conta da pandemia de Covid-19. 

Começamos então toda a produção! Muitas reuniões por zoom, muitas calls, infinitas planilhas e grupos de WhatsApp (é claro!). Fiz a convocação do time checando a disponibilidade de todos e também se a meia-maratona se encaixaria nos treinos de muitos inscritos em provas do primeiro semestre (Maratonas de Paris, Boston e Porto Alegre). Com as confirmações, começamos os detalhes de produção. 

Quem acompanha o meu trabalho à frente do Strava aqui no Brasil sabe que somos um time superpequeno e que conta com uma série de parceiros que nos ajudam a colocar todos os eventos e infinitos projetos de conteúdo de pé. Tenho uma alma empreendedora e gosto demais dessa adrenalina do “produção mode on“. Cuido de todos os detalhes como se estivesse preparando uma festa pra mim. É cansativo, mas o resultado é sempre compensador!

Na última sexta-feira (18), embarcamos de diferentes lugares do Brasil rumo a Foz do Iguaçu. O Belmond Cataratas fica em uma posição extremamente privilegiada. Da porta do hotel, conseguimos avistar as Cataratas, eleitas em 2011 uma das 7 Maravilhas da Natureza. Chegada impecável e, nos quartos, já havia uma agenda impressa repleta de experiências e passeios durante o fim de semana, em que a cereja do bolo seria a prova no domingo (20). Ainda na sexta e no dia seguinte conseguimos encaixar treininhos leves de reconhecimento do percurso superdesafiador. Um sobe e desce para tirar o fôlego de qualquer corredor. Minha estratégia para domingo era clara: terminar a prova sem ligar para o relógio. 

A largada estava marcada para as 8h30, um horário tarde que deixou todo o grupo apreensivo acompanhando a meteorologia. Foz tem um clima muito úmido e qualquer 30ºC vira uma sensação de 40ºC. 

Para nossa sorte, no sábado (19), o tempo deu uma virada e, no lugar do calorão de sexta, fomos presenteados no dia seguinte com uma temperatura mais amena e perfeita para uma prova. 

Café da manhã reforçado, foto do time na frente do hotel, aquecimento até a largada (1km da porta do hotel) e estávamos todos prontos para a largada. Não importa se é uma prova fora do país, uma maratona disputadíssima ou um 5km no quintal de casa. Todos chegamos ao consenso de que basta colocar um número de peito para o frio na barriga chegar. 

Largamos! Eu decidi montar uma playlist para ter uma distração diante de um percurso tão estratégico. Fui a única. Os atletas do time Strava estavam superfocados, e o único barulho escolhido por eles era o da respiração.

Eram 4 mil inscritos nas duas distâncias de 8km e 21km. Uma prova muito bem organizada, com muitos pontos de hidratação e uma energia incrível. Avistei todos os atletas do time me ultrapassando na volta dos 21km e consegui forças para gritar o nome de cada um deles. 

“Vamos, Lobo!“ 

“Boa, João!“

“Vai Luiza, você é a primeira!“

“Bora Babi, você está voando!“

Emocionei-me vendo todos eles. Meu trabalho estava sendo entregue com toda paixão que deposito. E para concluir com ainda mais emoção, tivemos um “podium takeover“! Primeira e segunda colocadas gerais no feminino e vários ganhadores das categorias.

Minha atividade da corrida pode ser vista aqui.

Mais um fim de semana de esporte concluído com sucesso. 

Qual é o próximo?

Rosana Fortes é country manager do Strava no Brasil e escreve mensalmente na Máquina do Esporte

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