Opinião: Minha primeira Copa do Mundo de MTB

No início deste ano, tive o prazer de conhecer em primeiríssima mão o local onde aconteceria a primeira etapa da Copa do Mundo de MTB, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Saí de São Paulo cedinho e fui recebida por ninguém menos que Henrique Avancini, que foi meu anfitrião e guia em um tour pelo circuito em construção no São José Bike Hub, no Vale do Cuiabá (RJ). 

Henrique, além de um dos maiores nomes do esporte de MTB, foi primordial em todas as etapas que envolveram a decisão de termos a Copa por aqui depois de 17 anos de hiato. Atuou como um verdadeiro representante do país, levantou todas as informações necessárias e conexões entre a organização, estrutura e finalmente a locação do evento. 

Eu, no papel de líder no Brasil de uma das marcas mais amadas pelos ciclistas, o Strava, não pensei duas vezes antes de decidir me organizar para estar presente nesse grande evento do esporte que aconteceria no início de abril. 

Foram três dias de uma energia inenarrável! O mountain bike sem dúvida tem um espaço especial no coração dos brasileiros, e o fato de termos um representante entre os melhores faz toda a diferença para o espectador. Falei muito sobre isso nos últimos dias tentando descrever para os estrangeiros que trabalham comigo o que vivi durante o fim de semana da Copa. Um misto de gratidão do público por termos sido escolhidos para receber o evento e felicidade por termos um atleta tão carismático nos representando. Comparei muito com os tempos de Fórmula 1 com Ayrton Senna ou com Guga Kuerten no tênis. Temos uma relação visceral e emotiva com o esporte, e o fato de não ter um atleta nos representando nos distancia dele. 

O evento foi impecável! Muito bem-organizado do começo ao fim, com todas as grandes marcas do universo da bike presentes! Andei pelos corredores cumprimentando os amigos e parceiros de trabalho, alguns que eu até então só conhecia via Zoom. 

Foi lindo assistir a famílias em peso sentadas nos gramados, torcendo com vuvuzelas, aplaudindo os locais e também os atletas estrangeiros. O fair play sempre me emociona! Ver nos dias seguintes ao encerramento do evento homenagens e agradecimentos dos atletas estrangeiros à recepção dos brasileiros foi bonito demais! 

Talvez o Henrique não tenha ficado tão satisfeito com a sua performance. Ele foi 4º colocado no short track (XCC) e 13° lugar no cross country (XCO), prova que encerrou o evento no domingo. Mas tão importante quanto a sua performance foi ver a sua entrega durante o fim de semana e o legado que deixou para o esporte no país.  

Por aqui, fica a torcida por mais eventos como esse fomentando o esporte e nossa conexão com todo o universo da bike!

Rosana Fortes é country manager do Strava no Brasil e escreve mensalmente na Máquina do Esporte

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