Opinião: O presente do esporte

A você, leitor, obrigado pelo clique. Bem-vindo a este espaço mensal, onde você vai encontrar cases, tendências e referências bacanas das coisas que já estão acontecendo no mercado esportivo, no Brasil e no mundo.

A ideia é compartilhar um olhar pessoal, ancorado nas minhas experiências profissionais, sobre exemplos práticos trazidos por alguém como você: que ama esporte e que desde cedo sonhava em trabalhar neste mercado. O viés vai ser otimista, de quem acredita que há uma constante evolução já em curso, expressa na maneira como o esporte vem sendo cada vez mais cuidado como um produto, que precisa alcançar, cativar e encantar seu público para converter a paixão dos fãs em engajamento e receitas. Obstáculos existem para todos, mas o plano é exatamente demonstrar essa evolução com casos reais de marcas, entidades e gente do mercado que estão inovando na busca de soluções e oportunidades, de maneira original.

Hoje, o patrocinador principal de um time pode ser uma plataforma de conteúdo digital, que acaba de produzir uma série sobre uma estrela do esporte, com pré-lançamento exclusivo em uma live feita por um streamer em outra plataforma onde ele conta com milhões de seguidores e subs. Um site de apostas que é o title sponsor de um campeonato pode criar NFTs com os lances mais marcantes do torneio, que estarão disponíveis para compra somente para seus usuários. E uma marca de bebidas pode comprar os direitos de transmissão de um evento para exibi-lo em suas próprias redes, dando acesso ao público em troca de seus dados pessoais ou da compra de um fan token promocional.

Ainda que embaralhando histórias e protagonistas, que muitos de vocês obviamente identificaram, esses três exemplos trazem negócios reais, realizados recentemente envolvendo marcas como Netflix, Amazon, Betfair, Betano, Binance, Crypto.com e Budweiser. Dentre estas, somente a Netflix ainda não usa o patrocínio como ferramenta de marketing, apesar de adotar uma estratégia cada vez mais agressiva de investimento em sportainment (conteúdo esportivo como entretenimento).

E o que essas três histórias nos mostram? Elas deixam claro que o que a gente chama de futuro do esporte, na verdade, já é presente.

Trabalhando com algumas das maiores propriedades esportivas do planeta, como a Copa do Mundo da FIFA, Jogos Olímpicos, NBA, CONMEBOL Libertadores e seleção brasileira, fica claro o quanto é vital para essas entidades entenderem e se adaptarem à constante transformação do comportamento de consumo dos fãs, para que possam continuar sendo relevantes para novas gerações e assim garantir prosperidade no longo prazo. Praticamente todas essas entidades já estão hoje, no presente, promovendo ações e mudanças necessárias para que o futuro lhes seja generoso.

Bem, passado o nervosismo da estreia, nas próximas colunas trarei sempre cases reais e bem específicos, mas que não pretendo escolher sozinho. A ideia é contar com a ajuda de vocês, abrindo para votação no meu LinkedIn três opções de projetos recentes de destaque. O mais votado vira o tema central que vamos explorar juntos aqui no próximo mês. Sigam-me por lá!

PS: Ao grande Erich Beting, obrigado pelo convite para fazer parte do time de colunistas da Máquina do Esporte.

Felipe Soalheiro é fundador da SportBiz Consulting (www.sportbizconsulting.com), onde atua conectando marcas ao seu público por meio do esporte, e escreve mensalmente na Máquina do Esporte

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