Quando você vir essa postagem, faça um favor. Sorria comigo!

Na última coluna de 2022, deixei a pauta de memorabílias e colecionáveis de lado por um motivo nobre. Aliás, um motivo real. Queria escrever sobre Pelé. E não é nada fácil escrever sobre o “Rei”. Não é fácil organizar palavras e ideias para que elas se completem de forma perfeita quando falamos do maior jogador de futebol de todos os tempos. Até porque, só de adjetivos e predicados…

Pelé, como todos sabem, passa por um momento delicado, de luta pela vida no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Cercado pela família, Edson Arantes do Nascimento está internado há um mês em decorrência do tratamento de um câncer de cólon e, embora os boletins mais recentes tragam preocupação, a esperança de que o eterno (e maior) camisa 10 se recupere é o que move o mundo inteiro.

Pelé parou uma guerra (na Nigéria, em 1969). Pelé marcou mais de mil gols (quase 1.300). Pelé cantou o “ABC”, pediu atenção às crianças, foi príncipe da Xuxa (na vida real e nas telas), se arriscou na política, participou de filmes, contracenando com vários astros de Holywood, com os “Trapalhões”…

Pelé contracena com a atriz Tereza Rachel no filme “Pedro Mico”, uma das várias aparições dele no cinema – Foto: Reprodução

O “Atleta do Século” fez de tudo um pouco e muito mais, sendo exaltado de forma magistral pelo mestre Armando Nogueira, que disse: “Se Pelé não tivesse nascido gente, teria nascido bola” e “Pelé, sem trocadilhos, carrega 10 nas costas”. E vale lembrar que a “coroa” lhe foi dada foi feito por outro gigante do jornalismo, Nelson Rodrigues, que o batizou de “Rei” em uma crônica após marcar quatro gols pelo Santos contra o América (5 a 3), em um jogo do extinto Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã.

Para mim, o mineiro de três corações é o maior nome do esporte de todos os tempos. Talvez seja difícil para as gerações mais novas entender o tamanho, os feitos de Pelé, afinal, estamos falando de um senhor de 82 anos num mundo digital, em que conteúdos (nem sempre bons) e informações (nem sempre verdadeiras) são consumidos por meio de aplicativos, em tempo real, e em volume avassalador.

É difícil “resumir” o maior de todos em palavras, mas se tem algo define bem o “Rei” para mim é a foto tirada por Luiz Paulo Machado, em que Pelé suou em forma de coração na camisa amarelinha (a foto foi tirada por Machado, freelancer da revista “Placar”, em 6 de outubro, no Maracanã, em amistoso da Seleção Brasileira contra o Flamengo em memória a Geraldo).

É uma imagem carregada de simbolismos e interpretações sobre o amor ao país e do amor à Seleção Brasileira. E olha que nem precisei falar sobre o tricampeonato mundial, de seus recordes, prêmios, sobre Santos, Cosmos…

Pelé foi coroado Rei do Futebol quando atuava pelo Santos – Foto: Reprodução

Em setembro do ano passado, Pelé postou em suas redes sociais a seguinte mensagem: “Quando a vida impõe um desafio, é sempre mais fácil encarar com um sorriso no rosto. Quando você vir essa postagem, me faça um favor. Sorria comigo!”

É difícil sorrir nesse momento, Rei, mas seguimos torcendo por sua recuperação.

Obrigado, Edson, por dar vida a Pelé.

Obrigado, Pelé… Por tudo. Fique bem.

FESTA NO MARACANÃ

Na última quarta-feira (28), o Maracanã foi palco de mais uma edição do Jogo das Estrelas 2022. O evento promovido por Zico reúne ex-jogadores, jogadores, astros da música, do entretenimento, de outros esportes e um enorme público! Foram mais de 60 mil torcedores presentes. E, para não dizer que não falei de memorabília, a Memorabília do Esporte foi parceira do evento e ofereceu itens exclusivos, autografados e limitados, além de experiências aos fãs de futebol. Para saber mais e colecionar, basta acessar o site.

Feliz 2023!

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