Adidas ativa Copa do Mundo Feminina com camisas, bola e histórias de jogadoras

Marca lançou camisas e a bola oficial da Copa, a Oceaunz, com inspiração na natureza - Divulgação / Adidas

A Adidas aposta que a Copa do Mundo Feminina 2023 será a maior da história do ponto de vista comercial. Por isso, a empresa de material esportivo programou ativações de seus vários patrocínios relacionados ao evento, como os uniformes das seleções e a bola oficial da competição (Oceaunz), e ainda quer contar a história de jogadoras que são embaixadoras da marca.

A Adidas é fornecedora de dez seleções que estão na disputa na Oceania: Argentina, Alemanha, Itália, Japão, Espanha, Colômbia, Costa Rica, Jamaica, Suécia e Filipinas. Neste ano, lançou camisas reservas de seis dessas seleções com cores que lembram paisagens naturais de cada país.

“Acho que estamos nos concentrando em algumas coisas. Quando lançamos nossas camisas de seleções, queríamos contar uma história. Estivemos focados e inspirados pela natureza. Acho que os desenhos das camisas mostram o aumento de foco que colocamos no futebol feminino”, afirmou Tor Southard, diretor sênior da Adidas Futebol, em entrevista à Máquina do Esporte.

Assim, a camisa da Alemanha lembra as cores da Floresta Negra, que faz parte do território do país. A da Espanha lembra os recifes de corais encontrados em seu litoral. Já a cor-de-rosa do uniforme do Japão é uma representação do nascer do sol no Monte Fuji. Os uniformes viraram objeto de desejo não só das torcidas, mas também de colecionadores.

“Estamos muito orgulhosos da tecnologia que colocamos nas nossas camisas. Nós realmente nos concentramos na tecnologia para enfrentar o calor. As camisas são as melhores em termos de resfriamento das atletas durante o jogo, garantindo a absorção do suor”, disse Southard.

Torcedor

O executivo lembrou que, para os torcedores, mais do que a tecnologia de jogo para a prática esportiva, o que atrai são outros fatores.

“Acho que talvez os consumidores se importem mais é com a história por trás de uma camisa. Se você é um torcedor, quer que sua camisa tenha uma história, que a mostre para seus filhos. Você vê a camisa como uma representação das cores do seu país”

Tor Southard, diretor sênior da Adidas Futebol

“Temos essas histórias que são ligadas a peças icônicas específicas da natureza daqueles países. Acho que a Adidas tem rompido barreiras em termos de criação de uniformes de federações e clubes. É legal ver que isso também foi transferido para o futebol feminino”, acrescentou.

Histórias

Outro foco da Adidas é em destacar seu time de embaixadoras que estará em ação na Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia. Uma das iniciativas da marca é contar as histórias de superação e conquistas dessas atletas.

“Outra coisa que estamos fazendo com a Copa do Mundo Feminina é celebrar nossas jogadoras, especialmente algumas que achamos que são ídolas em formação, como [a atacante] Trinity Rodman e [a meio-campista] Lindsey Horan”, contou Southard.

“Estamos produzindo muitos conteúdos em torno dessas duas jogadoras especificamente, contando suas histórias. Achamos que elas estão próximas de estourar, e a Copa do Mundo será um palco para elas fazerem isso. Então, ativamos muitas peças de conteúdo”, acrescentou o executivo, referindo-se a duas das principais jogadoras dos Estados Unidos, um dos times favoritos ao título.

Bola

Historicamente, a Adidas é parceira da Fifa no fornecimento da bola para a Copa do Mundo Masculina. Gradualmente, a marca também quer ficar conhecida pelos modelos utilizados nos Mundiais Femininos.

Para Southard, as bolas muitas vezes ficam em segundo plano quando se pensa em grandes eventos como a Copa do Mundo Masculina de 2022 ou a Copa do Mundo Feminina de 2023.

“Uma coisa que acho que às vezes pode se perder na história em torno dos nossos produtos são as bolas oficiais. Acho que não há nenhuma marca que faça isso [bolas] tão bem quanto nós”, ressaltou.

“Temos uma equipe de inovação que está focada nos testes para ter certeza de que a bola tem um voo consistente. Temos testes com jogadoras em túneis de vento, testes com holofotes de luzes. Fazemos testes completos”, acrescentou o executivo, lembrando que a bola oficial da Copa 2023 é, assim como os uniformes das seleções, inspirada na natureza.

O executivo revelou que a Oceaunz mudará de cor ao longo da Copa do Mundo, estratégia que já foi adotada pela marca no Mundial Feminino da França, em 2019, e na versão masculina realizada no Catar, no ano passado.

“Isso é algo que começamos nas Copas do Mundo, em que introduzimos uma nova cor da bola à medida que você avança de fase até a final. Então, fique atento, pois a bola da final também será lançada”, comentou Southard.  

Mercado

Para o diretor sênior da Adidas Futebol, a modalidade feminina tem experimentado um período de grande expansão. Para ele, a popularidade que antes era vista praticamente apenas nos Estados Unidos, tem se espalhado para o resto do planeta.

“Quando a Inglaterra ganhou pela primeira vez a Euro Feminina foi como se a história se repetisse. Certamente a energia desencadeada naquele momento é o que experimentamos nos Estados Unidos em 1999, quando a seleção norte-americana venceu a Copa do Mundo. Vimos o interesse aumentar, houve uma incrível inundação de energia no futebol feminino”

Tor Southard, diretor sênior da Adidas Futebol

“Já experimentamos isso nos Estados Unidos, e sinto que agora é o que está acontecendo no resto do mundo. A concorrência é ótima. A competição melhora”, finalizou.

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