Estrela do Manchester United e da seleção inglesa feminina de futebol, a goleira Mary Earps envolveu-se em uma polêmica com a fornecedora de materiais esportivos Nike. As informações são do jornal britânico Daily Mail.
A atleta queixou-se publicamente do fato de a empresa norte-americana optar por não comercializar uniformes de goleiras nos kits da Copa do Mundo Feminina 2023, que está sendo disputada na Austrália e na Nova Zelândia.
“Eu realmente não posso fazer isso de qualquer maneira, então não vou tentar. É extremamente decepcionante e muito doloroso”, afirmou Earps.
Melhor do mundo em 2022
No início do ano, a jogadora, que foi eleita pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) como a melhor goleira do mundo em 2022, chegou a posar para os materiais de divulgação da linha de uniformes da seleção inglesa, produzidos pela Nike.
Em abril, porém, descobriu que as roupas de goleira haviam ficado de fora da coleção. À época, Earps entrou em contato com a Nike, chegando ao ponto de se oferecer para financiar a fabricação dos uniformes. Mas a marca não acatou a ideia.
A escolha de não comercializar uniformes de goleiras não afeta apenas a Inglaterra, mas outros países que têm contrato com a Nike, casos de Estados Unidos e da própria Austrália. Essa iniciativa, aliás, não é exclusiva da empresa, já que concorrentes, em especial a Adidas, também priorizaram camisas de jogadoras de linha.
A estratégia, porém, gerou e continua gerando diversos questionamentos, já que as réplicas do uniforme que Earps utiliza no Manchester United esgotaram no ano passado, tamanha a procura por parte dos fãs. Para se ter uma ideia, ela foi a terceira no clube que mais vendeu camisas.
Vale destacar ainda que a popularidade da atleta foi impulsionada com a conquista da Euro Feminina 2022 pela Inglaterra. À ocasião, o time conseguiu a façanha de passar a fase inicial do torneio sem levar gols.
“É uma mensagem muito assustadora que está sendo enviada aos goleiros em todo o mundo, de que ‘você não é importante’. Uma lição que aprendi é que eu deveria ter feito uma declaração pública mais cedo, talvez”, lamentou a atleta.