Presidente do Palmeiras e dona da principal patrocinadora do time, a Crefisa, Leila Pereira revelou, nesta terça-feira (16), que não pretende elevar o valor do atual contrato entre sua empresa e o clube.
A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa concedida pela mandatária a jornalistas mulheres, na Academia de Futebol, o centro de treinamento da equipe, em São Paulo (SP). Leila também afirmou que pretende cumprir o atual contrato e, no fim do ano, abrir concorrência, dando oportunidade para que outra marca possa ocupar o espaço que hoje é da Crefisa na camisa do Palmeiras.
As revelações sobre o patrocínio máster vieram após Leila Pereira ser questionada a respeito do recente contrato firmado pelo Corinthians com a empresa de apostas VaideBet, considerado o maior do gênero já assinado na história do futebol brasileiro.
A dirigente foi confrontada a respeito de declarações dadas no fim do ano, no sentido de que poderia aumentar os valores pagos pela Crefisa ao Palmeiras, caso ficasse comprovado que o clube rival estivesse faturando mais que o alviverde com patrocínios de camisa. Leila explicou sua própria versão a respeito da polêmica.
Eu não falei do Corinthians. Me perguntaram. Porque senão acham que espontaneamente falei. Eu não falo. Nunca falo de nenhum clube. O que eu falei naquela entrevista: está comprovado esse valor? Depositam os valores na conta? Estou falando de fatos. Não quero falar de instituições. Muitas vezes aparecem empresas, aqui no Palmeiras, querendo patrocinar e oferecendo valores. E quando peço para o clube fazer uma verificação nessas empresas, elas não têm condições de arcar com o que está previsto no contrato. Não vou assinar contrato para ficar bonito para o torcedor e a imprensa. Nossa rivalidade é em campo. As coisas estão sendo distorcidas. Não vou entrar nessa pilha.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras
A dirigente também informou que os contratos da Crefisa e da Faculdade das Américas (FAM) com o Palmeiras têm duração até 31 de dezembro deste ano.
“Eles serão honrados, como sempre foram. Nossas empresas nunca atrasaram um dia desses patrocínios, mesmo em época de pandemia”, disse.
Segundo ela, durante este ano será realizada uma concorrência para que empresas (idôneas, ressaltou) possam apresentar propostas para patrocinar o clube.
“Mas o que interessa é valor fixo, não variável. O Palmeiras não é sócio de patrocinador. Aí, vamos saber, em valores atualizados, quanto vale a camisa do Palmeiras”, afirmou Leila.
Ela também alegou que os atuais contratos do time com suas empresas foram firmados na gestão do ex-presidente Maurício Galiotte e que teriam sido os maiores valores encontrados pelo clube no mercado à época.