Reconhecida como maior e mais rica liga nacional de futebol profissional do planeta, a Premier League segue avançando na geração de receitas.
Na temporada 2024/2025, a soma dos patrocínios de camisa dos 20 clubes que disputam a primeira divisão da Inglaterra ultrapassará, pela primeira vez na história, a barreira de £ 1 bilhão.
Mais precisamente, os times da Premier League faturarão, juntos, £ 1,047 bilhão (R$ 7,7 bilhões) com a venda dessas propriedades em seus uniformes.
Confira abaixo a lista dos dez clubes que mais faturarão com patrocínios de camisa na Inglaterra nesta temporada e veja quanto cada um deles ganhou em 2010/2011:
O detalhe é que o valor total desta temporada poderia ser ainda maior, não fosse o fato do Chelsea estar atualmente desfalcado de um patrocínio máster.
Na temporada passada, a equipe de Londres chegou a firmar contrato com a casa de apostas Stake, porém esse patrocínio acabou não prosperando devido à resistência dos torcedores, que não admitiam ver o clube vinculado a esse tipo de atividade econômica.
No fim das contas, o Chelsea fechou um contrato-tampão com a empresa de tecnologia Infinite Athlete, que ocupou o espaço máster da camisa do time até o fim da temporada 2023/2024, pagando £ 40 milhões. Neste ano, a marca foi realocada para as mangas do uniforme de treino.
Mesmo sem vencer uma edição da Premier League desde 2012/2013, o Manchester United continua a ser o clube mais popular do país, fato que se reflete no valor de sua camisa, que é a “mais cara” do futebol inglês.
O contrato do clube com a Snapdragon, avaliado em £ 60 milhões, representa, hoje, o maior da Premier League. O único capaz de fazer frente a essa quantia é o Manchester City, que tem o espaço principal da camisa ocupado pela Etihad Airways, em um acordo que também chega a £ 60 milhões.
É importante observar que a companhia aérea pertence ao governo dos Emirados Árabes Unidos, que também controla o City Football Group, dono do Manchester City.
O patrocínio da Etihad Airways ao Manchester City representa o pivô principal das denúncias de violações à regra de fair play financeiro da Premier League, que teriam sido cometidas pelo atual campeão inglês.
Uma reportagem de 2018 da revista alemã Der Spiegel revelou uma troca de mensagens entre executivos do City Football Group, mostrando que os valores do patrocínio da Etihad Airways teriam sido elevados artificialmente, com o objetivo de camuflar investimentos do Sheikh Mansour no clube inglês.
Se a denúncia proceder, portanto, pode ser que o valor divulgado não seja necessariamente de patrocínio, mas sim de investimentos feitos pelo dono do clube. O caso está sendo discutido na Justiça do Reino Unido.
Material esportivo
O Manchester United leva ampla vantagem sobre todos os demais clubes ingleses, quando o assunto é patrocínio de material esportivo. O maior vencedor da Era Premier League recebe £ 90 milhões por ano da alemã Adidas. Esse valor é £ 20 milhões maior do que o montante que a Puma paga ao Manchester City.
Liverpool, com Nike, e Arsenal, com Adidas, possuem os segundos melhores acordos de material esportivo do país, faturando £ 75 milhões cada um.
Hoje, o clube que menos ganha com patrocínios de camisa no futebol inglês é o Ipswich, com um total de £ 6 milhões. Pode parecer pouco, mas isso equivale a R$ 44 milhões pela cotação atual, o que representa exatamente a mesma quantia que o Botafogo, atual líder do Brasileirão, obteve com receitas comerciais ao longo de 2023, de acordo com o Relatório Convocados 2024, feito em parceria com a Outfield e com patrocínio da Galapagos Capital.
A Umbro paga £ 1 milhão ao ano para ter o direito de fornecer os materiais esportivos ao clube do leste da Inglaterra. O espaço máster da camisa é ocupado pela marca do cantor Ed Sheeran, que, neste ano, passou a ser acionista minoritário do time. O músico contribui com £ 4 milhões por essa propriedade publicitária. Por fim, o Ipswich ainda possui patrocínio da Halo, no valor de £ 1 milhão, para as mangas da camisa.