Sem Messi e Neymar, PSG aposta na infraestrutura para renascimento europeu

Sem Messi e Neymar, PSG tenta "renascer" com investimentos em categorias de base

Ousmane Dembélé (à esq.) foi a principal contratação do PSG para a temporada 2023/2024 - Reprodução / Twitter (@PSGbrasil)

Com a saída de Lionel Messi e Neymar, o PSG perdeu dois de seus principais jogadores e, sem dúvida, os atletas mais midiáticos do elenco. O clube manteve Kylian Mbappé por mais uma temporada, mas não é segredo para ninguém que o craque francês também está de saída. Assim, com essas perdas, o time francês passou a centrar esforços em reconstruir não só o elenco como sua gestão para os próximos anos.

“Continuaremos crescendo dentro e fora de campo e atuando no mais alto nível em todas as competições”, apaziguou Nasser Al-Khelaifi, presidente e CEO do PSG e presidente da Qatar Sports Investments (QSI), em comunicado oficial. 

Um dos trunfos para isso será o novo e moderno centro de treinamento. No mês passado, o PSG inaugurou a instalação, que é avaliada em US$ 330 milhões (cerca de R$ 1,63 bilhão, na cotação atual). A 25 minutos de Paris, o complexo possui 17 campos de futebol e um estádio. O local já é considerado por Marc Armstrong, diretor de receitas do PSG, como um viveiro de talentos “ainda maior do que os maiores do Brasil”.

“A essência do PSG sempre foi uma mistura de talento internacional e local. Não vamos mudar isso, mas vamos capturar mais talentos locais”, explicou Armstrong.

Lojas

O clube também vem anunciando investimentos para angariar mais torcedores pelo mundo e gerar mais receitas fora da França. Para isso, o PSG pretende se posicionar como uma marca de moda. 

Em 2022, o clube abriu sua primeira loja na América do Norte, em Nova York (EUA), vendendo camisas e acessórios. Neste ano, o PSG abriu mais duas lojas nos Estados Unidos, em Miami e Las Vegas. Durante a pré-temporada no Japão, inaugurou uma unidade em Tóquio e, ainda este ano, outra loja será aberta em Londres (Inglaterra).

Valor de mercado

O PSG passou por muitas mudanças na última década, desde que foi adquirido pela QSI por aproximadamente € 70 milhões. Na época da aquisição, o time parisiense operava há 13 temporadas consecutivas com prejuízo. A receita anual era inferior a € 100 milhões, bem atrás de Real Madrid e Barcelona, principais times espanhóis, que geravam mais de € 450 milhões em receita naquela época. 

De acordo com a última avaliação do portal norte-americano Sportico, o clube francês é, hoje, a nona franquia de futebol mais valiosa do mundo, sendo avaliado em US$ 3,41 bilhões.

Frustração

Desde 2012, o PSG gastou € 1,48 bilhão em transferências de jogadores. Conseguiu, neese período, nove títulos da Ligue 1. O clube participou da Champions League por 11 vezes consecutivas, mas nunca conquistou o troféu mais cobiçado da Europa. A título de comparação, durante o mesmo período, o Real Madrid gastou € 1,13 bilhão em transferências e conquistou cinco títulos do torneio continental.

Com base sólida para se reerguer, o PSG, porém, amarga a frustração de ter contado com um trio de ataque badalado, com Messi, Neymar e Mbappé, e mesmo assim fracassado na Champions League. Em 2020, o time chegou bem perto do troféu, mas foi derrotado pelo Bayern de Munique por 1 a 0 na decisão. O gol foi do atacante Kingsley Coman, que, por ironia do destino, é cria das categorias de base do próprio PSG.

O desapontamento é ainda maior porque o Manchester City, outro clube emergente do futebol europeu, atingiu essa façanha na última temporada, quando conquistou seu primeiro título da Champions League ao bater a Internazionale por 1 a 0 na final.

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