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Instituto Imaginação lança mentoria para aprimorar gestão de 30 entidades esportivas

Ideia do projeto, financiado via Lei de Incentivo ao Esporte, é capacitar organizações de diferentes pontos do país

Leonardo Castro, gestor do projeto Case - Divulgação

Leonardo Castro é o gestor do Projeto Case - Divulgação

O Instituto Imaginação finalizou, nesta terça-feira (6), as inscrições para a primeira edição do Projeto Case (Centro de Aperfeiçoamento e Sistematização de Entidades), que visa a capacitar entidades esportivas de todo o Brasil por meio de uma mentoria especializada com duração de um ano.

“O nome surgiu de uma brincadeira, de ser um ‘case’ de sucesso. A ideia é desenvolvermos um centro de aperfeiçoamento para a gestão esportiva. Criamos um modelo objetivo para gerar autonomia a entidades do terceiro setor”, explicou Leonardo Castro, especialista em Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) e gestor do projeto.

No primeiro ano da iniciativa, 289 organizações se inscreveram interessadas em participar. Dessas, 30 serão selecionadas pelo instituto. As escolhidas serão divulgadas na próxima segunda-feira (12). A mentoria terá início na próxima quarta-feira (14). O projeto é tocado via Lei de Incentivo ao Esporte, com patrocínio da Vale.

Capacitação

A ideia é que haja ONGs de todos os pontos do país entre as escolhidas, já que a maior parte do treinamento é feito de maneira remota, no sistema EaD (ensino a distância). No entanto, haverá ao menos duas visitas presenciais dos mentores para entender a realidade local.

“Queremos promover a autonomia dessas entidades. Vamos pegar pela mão, fazer revisão de estatuto, ata, ver como funciona administrativamente, o marketing, as redes sociais, como cuida dos beneficiários, qual é o patrimônio”, enumerou Castro.

“Vamos trabalhar esses fatores ao longo de um ano para que, ao final do período, a entidade tenha projetos aprovados e capitados, que tenha know-how para andar com as próprias pernas para expandir seu ramo de atuação”, completou o gestor.

Financiamentos

Castro lembrou que as formas de financiamento de entidades esportivas não se resumem à LIE, já que também há leis locais, como fundo do idoso e fundo da adolescência, que podem ser utilizados para manutenção da ONG.  Dependendo do projeto desenvolvido, também é possível se associar com atividades culturais e obter financiamento por intermédio da Lei Rouanet.

“Há outras formas de financiamento, mas é preciso saber utilizar o recurso público. É legal ter dinheiro, mas isso traz responsabilidades grandes na utilização. Tem que ser capaz”, afirmou.

Segundo o especialista, tem havido um aumento significativo no número de projetos apresentados todos os anos ao Ministério do Esporte usando a LIE.

“No ano passado, tivemos 6.600 projetos apresentados. Em 2018, eram entre 1.300 e 1.400 projetos. Ano passado tivemos a captação de R$ 1,2 bilhão via Lei de Incentivo ao Esporte em pouco mais de 2.500 projetos”, contou.

“Quanto mais projetos, mais pessoas capacitadas precisamos ter. Não há um índice alto de problemas na prestação de contas. Quando tem, na maioria das vezes é por erro, que precisa ser combatido. É preciso prevenir para que esses erros não aconteçam. Essa é a nossa intenção”, declarou o coordenador do Case.

Para realizar a iniciativa, o instituto conta com uma estrutura enxuta. Há oito professores/mentores, além de apoio contábil e jurídico. No total, a ONG possui 15 profissionais para desenvolver todas as atividades.