A 11ª edição do Rio Open, principal torneio de tênis da América do Sul, chegou ao fim no último domingo (23) e, segundo os organizadores, bateu uma série de recordes. Motivos para isso não faltaram: a ascensão do jovem João Fonseca, a campanha da dupla Marcelo Melo e Rafael Matos que terminou com um título inédito, a presença do número 2 do mundo, o alemão Alexander Zverev, a ausência de chuva pela primeira vez durante toda a semana e também os atrativos fora das quadras do torneio, que já virou tradição e cresce a cada ano que é disputado no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro (RJ).
“É o início da segunda década de vida do torneio. O evento já tinha sido ‘sold out’ (todos os ingressos vendidos) em outubro [de 2024], quando abriu a venda dos ingressos. Depois, em dezembro, veio o furacão João Fonseca, que deixou o tênis ainda mais em evidência. Então, o que a gente sentiu foi um Rio Open ainda mais cheio, com as pessoas ficando mais tempo e consumindo mais o produto, seja no Leblon Boulevard [área de entretenimento e convivência do Rio Open], seja nas quadras externas ou na quadra central”, afirmou Lui Carvalho, diretor do Rio Open, na coletiva de imprensa que concedeu pouco antes da final de simples, último jogo do torneio.
“Na segunda-feira [dia 17 de fevereiro, véspera da estreia do brasileiro], quando o João treinou pela primeira vez, as quadras 6 e 7 estavam lotadas, vendo ele e o Zverev [foram quase 2 mil pessoas assistindo ao treinamento]. Então, a gente está superpositivo e esperançoso com o futuro do evento. Esse ano foi mais um ano de um posicionamento positivo no que diz respeito ao produto, e a gente está com boas perspectivas para 2026”, acrescentou.

Público e impacto econômico
Em 2025, o público total presente nos nove dias de Rio Open (dois do qualifying e sete da chave principal) foi de 69.350 pessoas, ultrapassando o número do ano passado, que ficou entre 65 mil e 66 mil.
Essa quantidade de fãs de tênis foi responsável por outro número recorde: pela primeira vez, o impacto gerado pelo Rio Open na economia do estado do Rio de Janeiro bateu a marca de R$ 170 milhões. Ao todo, foram criadas mais de 5 mil vagas diretas e indiretas de emprego por causa do evento.
Com o título conquistado no ATP 250 de Buenos Aires na semana anterior e a atenção gerada em solo argentino, João Fonseca ainda ajudou na obtenção de outro recorde: o de jornalistas credenciados. Ao todo, foram mais de 400 profissionais, sendo 32 estrangeiros, presentes no Rio Open 2025.
Marcas patrocinadoras e produtos vendidos
O evento também bateu o recorde de patrocinadores em 2025, chegando a 40 marcas. Muitas delas montaram estandes com ativações nos mais de 10 mil metros quadrados do Leblon Boulevard.
A La Boutique, loja oficial do torneio, que fica no Leblon Boulevard, também alcançou números até então inéditos. Ao todo, foram mais de 7.500 itens vendidos, entre eles bonés, toalhas dos atletas, toalhas laranja com a logomarca do torneio, copos, camisetas e chaveiros.

Além dos muros
A edição de 2025 também ficou marcada pelas ações feitas pela direção do torneio fora do Jockey Club Brasileiro. Houve bailarinos simulando os movimentos de uma partida de tênis literalmente pendurados na fachada do Shopping Leblon, botequim customizado em uma das ruas mais tradicionais do bairro e customização da área de desembarque doméstico do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o RioGaleão.
Além disso, a Claro, patrocinadora máster do torneio, também personalizou suas lojas na capital fluminense com a temática do tênis e ainda realizou, pela primeira vez na história do evento, uma ação fora do estado do Rio de Janeiro. A marca pegou uma “ponte aérea” para chegar a São Paulo (SP), onde organizou uma Fan Zone no Parque Villa-Lobos, localizado na zona oeste da capital paulista, para transmitir as semifinais e a final do Rio Open.

Por fim, a 11ª edição do torneio foi a primeira a ser realizada após a criação da loja on-line, inaugurada em dezembro do ano passado. Com a nova plataforma, é possível adquirir os produtos oficiais do Rio Open ao longo de todo o ano e sendo morador de qualquer parte do país.
“Faço um balanço bastante positivo desta edição, com o evento ainda mais cheio, pessoas ficando mais tempo e consumindo ainda mais o Rio Open, aproveitando tudo que os jogos e o Leblon Boulevard oferecem. Estamos esperançosos com o futuro do torneio e com boas perspectivas já para 2026. Começamos bem nossa segunda década. O brasileiro é hospitaleiro, e os jogadores se sentem muito bem aqui, com o calor humano que vem das arquibancadas. O Rio Open cresce a cada ano e nos enche de orgulho a quantidade enorme de ativações muito bem-feitas que a gente teve nesta edição. Isso mostra que os patrocinadores estão investindo e acreditando na nossa marca”, destacou Lui Carvalho.
“Além disso, sempre pensamos em ideias para oferecer as experiências do evento para as pessoas que não conseguem comparecer ao Jockey. Ativações como a Fan Zone da Claro em São Paulo, os bailarinos na fachada do Shopping Leblon, a customização do desembarque doméstico no RioGaleão e o e-commerce da nossa loja oficial, a La Boutique, são exemplos disso. Queremos seguir falando do Rio Open o ano inteiro e não apenas na semana do evento”, completou o executivo.
Dentro de quadra
No saibro carioca, uma das principais novidades foi a realização, pela primeira vez, de uma Cerimônia de Abertura. Para a estreia, a organização convidou a ginasta Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica da história do país, que adentrou a quadra central, no primeiro dia de disputa da chave principal, com o troféu do torneio.
No penúltimo dia do evento, a peça seria erguida pela primeira vez por uma dupla brasileira. Marcelo Melo e Rafael Matos bateram os espanhóis Jaume Munar e Pedro Martinez por 2 sets a 0 e realizaram um feito inédito, uma vez que uma dupla 100% brasileira nunca havia vencido o Rio Open.
No caso específico de Matos, foi o segundo título, já que o atleta havia se sagrado campeão em 2024 ao lado do colombiano Nicolas Barrientos.

No individual, no entanto, apesar da ótima fase de João Fonseca e a presença de mais quatro atletas na chave principal, além de outros três que caíram no qualifying, o Brasil segue sem um campeão.
O título ficou com o argentino Sebastián Báez, que bateu na decisão o francês Alexandre Müller, algoz de João Fonseca na primeira rodada, por 2 sets a 0. Com o resultado, Báez se tornou o primeiro bicampeão da competição na chave de simples.
“A edição de 2025 marca o início de um novo ciclo do Rio Open, que virou tradição e se consolida como um dos principais eventos esportivos do Rio de Janeiro e do Brasil. O torneio cresceu e ultrapassou os muros do Jockey. Definitivamente, o Rio Open virou um programa para as famílias. Pais e filhos passam cada vez mais tempo no complexo do Jockey para ter um lazer completo, que inclui as partidas, a gastronomia, a moda e os espaços das ativações”, ressaltou Marcia Casz, diretora do Rio Open.
“Dentro das quadras, tivemos grandes jogos, que culminaram com o primeiro título de uma dupla brasileira. Presenciamos também os primeiros bicampeonatos do torneio, conquistados por Rafael Matos e Sebastián Báez. Uma jornada inesquecível, que aumenta o desafio de fazermos uma edição ainda melhor no próximo ano”, finalizou a executiva.