Em 2020, o Rio Open se tornou um dos primeiros torneios esportivos no Brasil a inserir um projeto de neutralização das emissões de carbono. A iniciativa começou em parceria com a empresa de energia Engie, que naquela edição passou a ser patrocinadora da competição.
Em 2024, a Engie pretende usar o patrocínio ao Rio Open para ampliar ainda mais o debate sobre eficiência energética. Especialmente por conta da presença de um público de mais de 60 mil pessoas ao longo de uma semana de evento.
“A gente entendeu que essa história precisa ser mais bem contada com o ponto de contato da marca, com o público, para que ele possa compreender o que está por trás dessa descarbonização, a importância disso, e por isso estaremos ao lado do espaço do Rio Open Green, ampliando a nossa participação no Rio Open. A gente vai voltar a ter uma ativação de marca mais presente no Jockey Club durante o Rio Open com o estande ao lado do Rio Open Green, porque a gente quer contar a história da descarbonização do torneio”, afirmou Leandro Provedel, diretor de comunicação da Engie Brasil.
Em entrevista ao podcast Maquinistas no Rio Open, o executivo falou sobre os projetos da Engie no tênis. E enumerou os motivos para a empresa investir cada vez mais no esporte como estratégia da marca para o Brasil.
“A descarbonização, digamos que é o core business [negócio principal] da Engie. Então, se esse é o nosso negócio, na medida que a gente vai patrocinar um torneio como o Rio Open, por que não também trazer isso para perto do nosso negócio? Promovendo essa descarbonização e, assim, as pessoas que estarão lá saberão disso, porque a gente aproveita todos os pontos de contato da marca antes, durante e depois do evento”, disse Provedel.
O Rio Open acabou sendo a “porta de entrada” da marca no tênis. Depois, a Engie passou a apoiar também a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e um projeto de suporte às tenistas que defendem o Brasil em competições, como Bia Haddad Maia e Laura Pigossi.
“O esporte é fundamental na estratégia de marca da Engie no Brasil. Nós temos, no esporte, a nossa plataforma de marca hoje, digamos. E isso começou com o tênis, com o patrocínio ao Rio Open em 2020. Em 2023, passamos a patrocinar também a Confederação Brasileira de Tênis, apoiando atletas mulheres, porque a Engie tem um compromisso com a equidade de gênero, então, para nós, é importante investir no tênis feminino. E aí, demos a sorte do tênis feminino estar em evidência. Então, a nossa marca ser levada ainda mais longe. Então, com esse tripé, torneio, confederação e atletas, a partir do tênis, a gente constrói uma plataforma de marca para dialogar com os nossos públicos, o público de interesse, que são aquelas pessoas influenciadoras ou tomadoras de decisão de consumo, de compra de energia, em um dos nossos negócios aqui no Brasil”, completou o executivo.
Engie quer ampliar patrocínio esportivo
Segundo Provedel, o tênis deverá ganhar a soma de novos esportes no futuro. A ideia é usar modalidades que tenham sinergia com os negócios da marca para patrocinar.
“A nossa jornada, em termos de plataforma de marca por meio do esporte, está começando. Ainda não temos as respostas todas. Temos, aliás, mais perguntas que respostas. Mas do ponto de vista nosso, o que é importante é a coerência e consistência. Se for coerente, for consistente, será relevante para a nossa estratégia e será relevante para o nosso público”, resumiu.
A ideia é seguir usando o esporte para educar o público final.
“O setor elétrico historicamente se comunicou muito pouco com o público final. Mas entendemos a importância de falar sobre descarbonização, transição energética. Entendendo que o mercado está abrindo e que, não só isso, mas que as pessoas cada vez mais influenciam decisões de compra de pessoas jurídicas. Então, essa questão de educação, de elevar a informação, é e será ainda mais importante. E o esporte democratiza isso, traz grandes arenas para esse debate. É claro que é um debate que precisa de tempo para maturar, para dar os seus devidos resultados”, finalizou.