O Vivo Rio Pro apresentado por Corona, encerrado no último dia 1º, atraiu um público de 300 mil pessoas à praia de Itaúna, em Saquarema (RJ) durante os oito dias de competição.
O evento lotou 100% da rede hoteleira da cidade, de 89.559 habitantes, segundo o Censo de 2022. Os hotéis das cidades próximas, como Araruama, Rio Bonito e Arraial do Cabo, também tiveram bom índice de ocupação durante o campeonato.
Um estudo, encomendado à EY, irá medir o impacto econômico para a cidade com a realização do Vivo Rio Pro. A estimativa inicial é que o evento tenha gerado mais de R$ 80 milhões à cidade. Mais de 500 profissionais trabalharam no evento.
Só no domingo (25 de junho) em que não houve competição, mas aconteceu a exibição da Esquadrilha da Fumaça pela primeira vez na cidade litorânea, 70 mil pessoas estiveram presentes na praia.
Vitória brasileira
A competição foi marcada pela primeira vitória de Yago Dora em uma etapa do Mundial da World Surf League (WSL). Na final, o brasileiro derrotou o australiano Ethan Ewing, com direito a um sensacional aéreo quase no final da bateria.
Foi também a primeira final de Yago Dora no Circuito Mundial. Durante a competição ele passou sucessivamente por Gabriel Medina e Ian Gentil (primeira bateria); pelo australiano Liam O’Brien (oitavas de final); Jadson Andre (quartas de final); pelo havaiano John John Florence (semifinal), antes de derrotar Ewing na decisão.
Piscina de ondas e tirolesa
Uma das atrações do evento foi a Vila dos Patrocinadores, com destaque para ativações desenvolvidas pela Vivo, dona dos naming rights da competição, e pelo Banco do Brasil.
Em seu estande, a empresa de telefonia montou uma piscina de ondas que simula a performance do surfista no mar. O local é permitido para crianças acima de 10 anos, e os participantes puderam escolher a velocidade da água e o nível de dificuldade.
“Após testar suas habilidades, o participante pôde descansar em uma área com totens de carregadores para smartphones e uma balança instagramável”, contou Marina Daineze, diretora de marca e comunicação da Vivo.
Já o Banco do Brasil gerou enormes filas entre os banhistas que queriam experimentar a tirolesa montada em seu estande. Mas a programação do BB no local também teve atrações na área cultural.
O banco trouxe de maneira virtual algumas das exposições realizadas pelo Centro Cultural Banco do Brasil para o público conhecer na praia de Itaúna, como ‘Walter Firmo – No verbo do silêncio a síntese do grito’, ‘OSGEMEOS – Nossos Segredos’ e ‘Egito Antigo – Do cotidiano à eternidade’”.
Na área cultural, a instituição financeira também patrocinou o Espaço BB Som e Surfe, palco com shows e música ao vivo todos os dias no final de tarde.
“O banco não patrocina o Vivo Rio Pro apresentando por Corona de forma individual”, contou Tadeu Figueiró, executivo da diretoria de marketing e comunicação do Banco do Brasil.
“A participação neste grande evento do Championship Tour é parte do patrocínio do Banco do Brasil à WSL, que contempla ainda a realização do Circuito Banco do Brasil de Surfe, composto por cinco etapas de Qualifying Series, além da participação na etapa do Challenger Series no Brasil”, completa.
Sustentabilidade
Outras marcas como a Oakberry e a Australian Gold apostaram na sustentabilidade para dialogar com os fãs de surfe.
A Oakberry montou todo o seu estande utilizando plástico reciclado dos baldes de açaí.
“Pegamos nossos baldes de açaí, trituramos e ressignificamos em blocos, que são encaixados e formam as paredes de toda nossa operação. Toda ela é feita de blocos ressignificados para trazer toda a questão da sustentabilidade, que o açaí já traz por ser uma palmeira nativa da Amazônia”, contou Giancarlo Giovannini, diretor de marketing da Oakberry.
“Trazemos um pouco da questão da sustentabilidade nesta operação, que tem a ver com o propósito do evento”, acrescentou o executivo.
Já a Australian Gold destacou a importância da preservação dos corais dos oceanos. A perda de cor dos corais por causa da poluição dos mares afeta toda a vida marinha, podendo afetar também o homem e a prática do surfe.
“Como uma das principais causas desse desastre natural é a presença dos químicos encontrados na fórmula da maior parte dos filtros solares, buscamos reverter esse cenário, garantindo que nossos produtos de alta proteção contem com uma formulação completa que não branqueia ou agride os corais, protegendo o ecossistema marinho, ou seja, contem com o selo reef safe [seguro para corais]”, explicou Mariana Tozzini, gerente sênior de marcas licenciadas da Australian Gold.
A organização da WSL também realizou ações de educação ambiental com palestras e atividades para estudantes das escolas públicas locais. Houve também a doação de 23 bancos para a Prefeitura de Saquarema feitos pela reciclagem das lonas da estrutura do evento. Além disso, houve ação da WSL One Ocean com limpeza e plantio de vegetação nativa na Lagoa de Saquarema.
Festas e cinema
Dono da propriedade de apresentação do Vivo Rio Pro, a Corona aproveitou o evento para interagir com o público com festas e até sessão de cinema.
Na área de competição, a marca da Ambev montou dois espaços para o público se refrescar do calor. Em um deles, houve a armação de mesas e cadeiras totalmente feitas de argila e areia. No outro, a marca contou com um espaço para venda de cerveja, com móveis feitos de bambu, incluindo o próprio balcão, que fica ao lado do palco de shows.
“Estamos entusiasmados por fazer parte da história do maior campeonato de surfe desde 2016, que foi o ano em que a parceria global com a WSL se iniciou. O interesse pela modalidade foi se popularizando, e é muito animador estarmos participando com o público e com os atletas destes momentos tão emocionantes”, festejou Rodolfo Carvalho, chefe de marketing da Corona Brasil.
Curso de imersão
Além de todas as atividades, a WSL montou, em parceria com a HSM, pela primeira vez, um curso imersivo sobre gestão de eventos. O WSL Academy, realizado um dia antes do início da competição, contou com a presença de cerca de 100 alunos, que tiveram a oportunidade de conhecer mais a fundo as estratégias comerciais da liga mundial de surfe, ações de seus patrocinadores e o desafio de montar toda a estrutura do evento em Saquarema.
O evento contou com palestras de nomes como Ivan Martinho (presidente da WSL na América Latina), Erik Logan (então CEO da WSL), Roberto Siviero (diretor de operações da WSL na América Latina), Gabriela Feijó (gerente nacional de esportes da Red Bull) e Giancarlo Giovannini (diretor de marketing da Oakberry).
Os alunos também puderam fazer um tour por toda a estrutura que estava sendo montada para o evento, passeando por áreas de descanso e preparação dos atletas, camarotes, Vila dos Patrocinadores e estrutura de transmissão para televisão, entre outros espaços.