Roland Garros busca novos talentos e ganha visibilidade com torneio de base no Brasil

O Roland Garros Junior Series, realizado em São Paulo, no último fim de semana, trouxe para o Grand Slam francês, além da possibilidade de descobrir novos talentos, bastante visibilidade para a competição na América do Sul.

“A edição 2023 do Roland Garros Junior Series by Renault foi um verdadeiro sucesso, pois se tornou o maior torneio de Roland Garros da história da América do Sul. Ter um impacto global era um objetivo principal para nós”, contou Aymeric Labaste, diretor de desenvolvimento internacional de Roland Garros, em entrevista à Máquina do Esporte.

“Mas um ótimo feedback de todos os principais stakeholders do evento foi ainda mais importante para consolidar o torneio a longo prazo”, acrescentou o executivo francês, referindo-se às diversas entidades e marcas envolvidas na organização, promoção e apoio ao evento.

Voltado para tenistas com menos de 16 anos, o evento teve suas partidas transmitidas pela ESPN (TV fechada) e pelo Star+ (streaming). A Sociedade Harmonia de Tênis sediou os jogos. Na organização, Roland Garros também teve o auxílio da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e da Confederação Sul-Americana de Tênis (Cosat).

“Pudemos notar que o Roland Garros Junior Series by Renault gerou mais interesse para Roland Garros não apenas no Brasil, mas em toda a América do Sul com a [transmissão da] ESPN 2 no Brasil e do Star+ para a América do Sul”, destacou Labaste.

Segundo o organizador, quatro posts no Instagram feitos durante a competição estiveram no Top 10 de interações da América do Sul na página de Roland Garros.

Patrocínios

Além da Renault, que adquiriu a propriedade de apresentadora da competição, a disputa em São Paulo também teve o patrocínio da Rolex e da Accor, marcas que já são parceiras globais do Torneio de Roland Garros, na França.

“A Renault tornou-se patrocinadora de Roland Garros no ano passado, a Rolex, em 2019, e a Accor, em 2015”, explicou o francês.

“Todos desempenharam papel fundamental na atualização do torneio. A Renault integra a promoção do tênis em sua estratégia de marketing global, com Fernando Meligeni como embaixador no Brasil, por exemplo. A Rolex estava visível com seus relógios na quadra, e a Accor forneceu aos membros de seu programa de fidelidade ALL”, detalhou o diretor de Roland Garros.

No Brasil, a realização do evento foi um ótimo motivo para realizar ações voltadas para o público do tênis que foi assistir aos jogos da competição.

“A Renault teve várias ativações ao longo do torneio, como organizar uma clínica de tênis com Juan Martín del Potro, Fernando Meligeni e 15 crianças da fundação da [ex-tenista] Patricia Medrado. Também colocou seu novo Megane E-Tech, carro 100% elétrico, em exposição no local e divulgou o torneio nas suas redes sociais e na programação da ESPN”

Aymeric Labaste, diretor de desenvolvimento internacional de Roland Garros

Os patrocinadores também tiveram o direito de convidar clientes para assistir ao torneio, frequentar a área vip e participar de uma clínica de tênis com Del Potro, que por duas vezes foi semifinalista de Roland Garros.

Juan Martín del Potro (à esq.) dá conselhos aos jovens tenistas – Marcello Zambrana / Divulgação

Descoberta de talentos

A iniciativa também é um investimento de Roland Garros para a divulgação do tênis. Segundo um levantamento dos organizadores, entre os 100 melhores da categoria júnior do mundo, no final de fevereiro, apenas 24% das meninas e 14% dos meninos não tinham nascido na Europa ou na América do Norte.

Em São Paulo, os vencedores da competição terão a chance de subir no ranking e disputar a chave de juniores de Roland Garros nesta temporada. Mas não só isso.

“Sol Larraya Guidi [Argentina] e Alejandro Arcila [Colômbia], vencedores do torneio, terão a chance de viver uma experiência valiosa em Paris: participar de uma coletiva de imprensa, ser sparring de jogadores profissionais e visitar os bastidores de Roland Garros”

Aymeric Labaste, diretor de desenvolvimento internacional de Roland Garros

Para o executivo, mesmo quem não ganhou a competição teve a chance de vivenciar a pressão de disputar um torneio de tênis como se fosse profissional.

“Nosso evento não é apenas um ‘torneio de tênis júnior’, pois garantimos que todos os 32 jogadores, 16 meninas e 16 meninos, se sentissem como se fossem jogadores profissionais com a experiência mais significativa em São Paulo para suas carreiras”, destacou.

“Por isso, organizamos diferentes atividades para eles: sessão de media training para fazê-los entender melhor como lidar com as solicitações da imprensa, Juan Martín del Potro reservou seu tempo para compartilhar sua experiência e deu conselhos preciosos a eles, fizemos sessões de entrevistas com a mídia, entre outras iniciativas”, resumiu o francês.

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