WTA avalia levar competições femininas à Arábia Saudita

Jogadora de tênis

WTA diz que irá consultar jogadoras antes de tomar decisão - Reprodução / Instagram @wta

A Associação de Tênis Feminino (WTA) avalia a possibilidade de realizar eventos na Arábia Saudita, país que tem realizados pesados investimentos na área esportiva, nos últimos tempos.

A organização confirmou no ano passado que a nação do Oriente Médio havia manifestado interesse em realizar um evento feminino de tênis. Por ora, porém, o CEO da WTA, Steve Simon, admite que a Arábia Saudita apresenta “grandes problemas” como potencial anfitrião.

“Não tomamos nenhuma decisão ou entramos em nenhuma negociação formal. Eles estão conversando com muitos esportes diferentes agora”, afirma Simon.

Entre as questões consideradas problemáticas nessa relação com a entidade que representa a elite do tênis feminino mundial estão os direitos das mulheres e da população LGBTQIA+.

Avanços

Mesmo dizendo estar ciente desses problemas, Simon comentou sobre o sucesso dos eventos da turnê que a WTA realizou no Catar (país que sediou a última Copa do Mundo masculina de futebol e que adota legislação com uma série de restrições aos direitos das mulheres e das pessoas LGBTQIA+). O executivo também diz ter observado “enormes avanços” da Arábia Saudita na área de direitos humanos.

“É um tema muito difícil e desafiador, que está sendo medido por muitos grupos agora. Em fevereiro, fui à Arábia Saudita para ver por mim mesmo. Levamos algumas jogadoras também. Queríamos ver qual era a mudança. Eles têm um longo caminho a percorrer, mas fizeram grandes avanços”, afirmou Simon.

De acordo com ele, as jogadoras da WTA têm participado das discussões sobre a Arábia Saudita. A segurança das jogadoras lésbicas no país árabe é considerada uma questão sensível.

“Quero entender qual seria a percepção delas. Esta é uma grande questão. É polêmica e eu valorizo a voz delas. Ainda há toneladas de questões na Arábia Saudita em relação à comunidade LGBTQI+, que precisam ser resolvidas. Tivemos diálogos e vamos continuar conversando”, disse Simon.

Sair da versão mobile