Sucesso dentro e fora das quadras, Rio Open bate recorde de público e “mudará de mãos”

Britânico Cameron Norrie foi o campeão da edição 2023 do Rio Open - Reprodução / Twitter (@RioOpenOficial)

A nona edição do Rio Open chegou ao fim neste domingo (26). Considerada um sucesso tanto dentro como fora das quadras, a edição de 2023 do maior torneio de tênis da América do Sul bateu recorde de público. Pouco após a final, a organização revelou para a Máquina do Esporte que, durante os nove dias de competição, 66 mil pessoas passaram pelo Jockey Club Brasileiro, na zona sul do Rio de Janeiro (RJ).

Os dados oficiais de fechamento do Rio Open 2023 deverão ser divulgados nesta segunda-feira (27), mas a expectativa é que sejam apenas números positivos. Com todos os ingressos vendidos desde outubro do ano passado, o número superou as expectativas da organização do torneio, que esperava entre 60 e 65 mil pessoas. Nas sessões da noite, que tiveram início às 19h até a quinta-feira (23), a Quadra Central Guga Kuerten esteve lotada. Depois, com sessão única, os espaços vazios foram novamente bastante raros.

Dentro das quadras, o nível foi um dos mais elevados da história do torneio, que culminou com os cabeças de chave 1 e 2 se enfrentando na final pela primeira vez. Em um jogo com muitas alternativas e três sets bastante disputados, o britânico Cameron Norrie (13 do mundo) bateu o espanhol Carlos Alcaraz (2 do mundo e campeão do torneio em 2022) por 5/7 6/4 7/5. Norrie se tornou o nono campeão diferente do Rio Open em nove edições já realizadas.

Já fora das quadras, até São Pedro colaborou. Durante toda a semana de disputa da chave principal, choveu apenas no fim da rodada de terça-feira (21), o que atrasou bem pouco a programação do dia e também da quarta-feira (22). Mesmo com forte calor na capital fluminense todos os dias, não caiu mais uma gota do céu que, como dá para ver de todo o complexo, pareceu abençoado pelo Cristo Redentor no alto do Corcovado.

“Acho que a grande notícia foi a falta de chuva. Na terça-feira choveu um pouquinho mais tarde, mas não afetou tanto. Foi aquela chuva que não dá tanta dor de cabeça, que chove tão forte que cancela tudo, que já passamos para o dia seguinte, melhor que aquela chuva que vai e vem e que gera um pouco mais de ansiedade. Até na segunda-feira vimos a quadra cheia, o que nunca tinha acontecido”, afirmou Lui Carvalho, diretor do torneio.

Nos bastidores, assim como costuma acontecer ano após ano, o Leblon Boulevard, principal área de circulação do público do Rio Open, esteve lotado todos os dias. Com diversas ativações dos patrocinadores, o espaço teve comidas e bebidas para todos os gostos, uma megaloja da Fila e brincadeiras promovidas por marcas como Claro, Santander, Shell, Wilson, Motorola, Webmotors, EMS, Gafisa, Maple Bear, B3 e Drogaria Venancio (confira tudo que rolou nos negócios do torneio na página especial criada no site da Máquina do Esporte).

Outra questão fora das quadras que chamou atenção foi a venda dos 50% do Rio Open que pertenciam à IMG para o fundo de investimentos Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos. Como a outra metade da propriedade do torneio é da IMM, uma joint venture da própria IMG com a mesma Mubadala, fica clara a força que a multinacional árabe passará a ter dentro do evento.

Perguntado sobre o assunto na coletiva que concedeu pouco antes da final, Lui Carvalho, que atualmente é funcionário da IMG, garantiu que nada mudará para 2024, ano em que o Rio Open celebrará sua décima edição.

“A Mubadala tem uma série de negócios no Brasil, tem um escritório, uma sede aqui no Rio de Janeiro, é uma investidora na infraestrutura do Brasil, além de ter outros ativos por aqui, como a Fórmula 1. Então, o plano é manter o evento aqui, não é mudar nada. Os representantes da Mubadala estão aqui, inclusive, e estão vendo com bons olhos tudo que foi construído, então acho que o evento fica, está bem sólido aqui, e a gente está animado para a décima edição em 2024”, comentou o executivo.

“A intenção é que eu continue envolvido, que a IMG continue envolvida com o evento, na minha figura e na figura de outras pessoas que também participam da organização do evento por parte da IMG. A gente continua essa parceria, em um outro modelo, não como donos, mas como consultores nesse projeto”, finalizou.

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